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Urbanismo

Margens do Ipiranga voltarão a ser plácidas até 2022?

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Em 2022, será celebrado o bicentenário da Independência do Brasil. Mas, as margens do Córrego

Ipiranga, cantado em verso do hino nacional, já não estão mais tão plácidas 200 anos depois.

Cenário do grito de Dom Pedro que transformou a colônia em país autônomo, o córrego hoje é totalmente tomado por construções ao seu redor.

O solo impermeabilizado e a ocupação desordenada que se estendeu pelos duzentos anos hoje se traduzem em uma região com enchentes, trânsito, poluição – do ar e das águas do próprio riacho – deterioração das pistas do corredor viário, há mais de 20 anos tomado por obras que parecem eternas aos olhos da vizinhança.

E não é só. O Parque e o Museu que foram construídos em homenagem à Independência também têm seus problemas. O Museu Paulista, pertencente à USP e construído por ocasião do primeiro centenário pós Independência do país, está de portas fechadas já há três anos.

A reforma mal começou. Foram tomadas apenas medidas emergenciais para evitar que o acervo histórico e obras de arte fossem danificadas e reparos de contingência. Obras, mesmo, só a partir de setembro desse ano, para implantar o novo projeto de restauro que vai modificar completamente o museu

Essa semana, Prefeitura e Governo do Estado anunciaram uma atuação conjunta para resgatar Museu e todo seu entorno até a comemoração do bicentenário da Independência, em setembro de 1922.

A área do Parque da Independência administrada pela Prefeitura da Cidade de São Paulo fará parte do processo de restauração do Museu do Ipiranga.

O governador João Doria, por sua vez, conseguiu junto ao Governo Federal que o total a ser captado por meio da Lei Rouanet para a reforma do Museu fosse ampliado de R$ 60 milhões para R$ 160 milhões. Já foram captados R$ 36 milhões junto a EDP, Sabesp e o banco Itaú. Segundo o governador, também serão captados recursos para recuperar os jardins e as fontes que são belíssimos e que foram danificados.

Outra novidade é que não só a iniciativa privada como também a população poderá fazer doações, com aporte direto de recursos com ou sem incentivo fiscal. Ou ainda como apoiadores, podendo oferecer produtos e serviços que atendam ao trabalho do museu ou à estratégia de captação, comunicação para a campanha de marketing, patrocínio de projetos específicos e licenciamento de marca.Mais informações em museudoipiranga2022.org.br.

O projeto prevê uma nova ocupação do museu, com mais 5 mil metros quadrados de área nova para exposições e atividades culturais e de forma 100% acessível. A modernização prevê ainda um auditório, um café com loja de suvenires e um mirante.

A requalificação do museu pretende triplicar a capacidade anual de visitação, passando dos 300 mil registrados em 2013, para 900 mil com as modernizações e novas.

Sobre o Museu

Criado em 1894, o Museu está localizado no edifício que era conhecido como Monumento do Ypiranga, construído para marcar o local da proclamação da Independência. Abriu ao público em 7 de setembro de 1895 e reúne 103.000 objetos e imagens, 700 metros lineares de documentação textual e 120.000 mil livros e periódicos dos séculos XVI ao XX.

 


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2 Comentários

2 Comments

  1. Hermes Dagoberto

    28 de outubro de 2020 at 8:48

    Olá, achei interessante sua puplicação e gostaria de ver se é pertinente colocar em meu site.

    Um forte abraço.

    • Jornal Zona Sul

      28 de outubro de 2020 at 9:43

      O São Paulo Zona Sul permite apenas a reprodução de até 3 textos por site e com citação da fonte, com link. Para além disso, confronta direitos autorais dos jornalistas envolvidos.

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