Siga-nos

Meio ambiente

Consumo consciente de alimentos

Publicado

em

Valorizar o prato nosso de cada dia pode ser importante ferramenta na defesa de práticas sustentáveis de alcance mundial

Qual o melhor caminho para iniciar uma prática sustentável na vida de cada família? Uma nova atitude que garanta preservação ambiental, sem abrir mão do desenvolvimento econômico e ainda garantindo mais saúde e qualidade de vida? A resposta pode estar à mesa. Em todo o planeta, mais de 800 milhões de pessoas sofrem com a fome, ao mesmo tempo em que cerca de 30% da produção alimentar vai para o lixo.
“A origem da fome não é a escassez de alimentos, mas a pobreza vinculada com um leque de desigualdade e questões de acesso – acesso à água, terra e outros recursos produtivos e falta de sistemas de proteção social adequados”, declarou o o diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), o brasileiro José Graziano da Silva, durante a abertura do Fórum Internacional de Agricultura na Itália, durante a semana do Meio Ambiente.
Já o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, chamou a atenção para o que ele denomina “uma verdade surpreendente”: O nosso consumo global já é 1,5 maior que a capacidade da Terra de aguentar. ‘Se a população e as tendências de consumo continuarem a crescer, a humanidade precisará do equivalente a dois planetas Terra para sustentar-se em 2030”.
Por isso, a partir desta edição, a página de Meio Ambiente do Jornal São Paulo Zona Sul inicia uma série de reportagens sobre a importância da alimentação correta e do não desperdício de comida, aproveitando que a ONU acaba de lançar a campanha Pensa, Come e Poupa (Think, Eat and Save, em inglês). O objetivo da campanha
é racionalizar a produção e a alimentação, evitando o desperdício.A gastronomia responsável ainda visa a não utilização de espécies que estejam ameaçadas de extinção, utilização de alimentos orgânicos e trabalho com fornecedores locais, para reduzir a emissão de gases do efeito estufa no transporte.
No Brasil, que é considerado o quarto maior produtor de alimentos do mundo, o desperdício é alto. Daquilo que se perde, 10% já ocorrem nas plantações, 50% na distribuição, no transporte e no abastecimento; e outros 40% se perdem na cadeia do consumo, como nas feiras livres. As reportagens vão mostrar diferentes aspectos do problema e indicar caminhos para que todos possam mudar seus hábitos.

 

Desperdício
Fome no mundo não está relacionada à escassez

Advertisement
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


© 2024 Jornal São Paulo Zona Sul - Todos os Direitos Reservados