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As rodas da diversão

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Parafraseando um antigo comercial de transportadora, podemos dizer que o mundo gira, e a diversão roda. A forma circular está intimamente ligada a diversos tipos de atividades de entretenimento e lazer e vem encantando o público há muito tempo, desde a época em que internet era um sonho de ficção científica.

As rodas povoaram a infância de muita gente. O termo “cantiga de roda” é usado para descrever a música que acompanhava brincadeiras de criança, invariavelmente feitas em um grande círculo.  Daí surgiram hits como “Ciranda cirandinha” e “Se essa rua fosse minha”. Podem não estar na sua playlist do Spotify, mas você certamente conhece.

E você com certeza brincou – e ficou tonto – no gira-gira, brinquedo clássico de dez entre dez playgrounds. Eles podem evoluir, mudando material e design. Mas o conceito permanece o mesmo desde sempre.

Agora pense no brinquedo mais básico de todos: o bambolê. Nada mais que um aro de plástico e, no entanto, foi responsável, e continua sendo, por horas a fio de diversão. E não apenas girando na cintura. Ele tem uma versão atlética – faz parte até de esporte olímpico, a ginástica rítmica – e também foi inspiração para filmes como A Roda da Fortuna, comédia de 1994 com Tim Robbins. Outras menções honrosas no campo do audiovisual são o seriado A Roda do Tempoo programa de entrevistas Roda Viva e a novela global Roda de Fogo, com o saudoso Tarcísio Meira.

Roda tamanho gigante

Uma das maiores manifestações de rodas no mundo do entretenimento são as “Eye”, “Wheel” ou “Star”, os sobrenomes dados às famosas rodas-gigantes que, de atração de parquinho, viraram pontos turísticos concorridos. A London Eye foi a pioneira, mas os Emirados Árabes não deixaram por menos e ergueram a maior do mundo: a Dubai Eye. No Brasil, a Rio Star oferece lindas vistas da baía de Guanabara. E, em São Paulo, depois de algum tempo em montagem, foi inaugurada a Roda Rico que, apesar do nome, é aberta a todas as classes sociais.

Roda magrela

Mas uma roda não precisa ser grande para ser divertida. Tem muita gente que com apenas duas já faz a festa. Falamos dos fãs da bicicleta, que aqui representa todos os veículos sobre rodas que se prestam ao entretenimento. A bicicleta fica como embaixadora porque, de certa forma, ela foi a primeira na categoria. E até hoje é uma das mais democráticas. Todo mundo pode andar em uma bike sem depender de licença, escola, gasolina ou o que seja.

Roletando e roletrando

O divertimento indoor e online também conta com opções nas quais a roda é a rainha. A mais clássica delas é a roleta, disponível nas plataformas de entretenimento da internet. Um jogo tão simples que qualquer um entende rapidamente: escolha um número, rode a roda e torça para a bolinha cair no seu número. Para os realmente fãs, há as sutilezas das apostas em grupos de números, categorias etc. 

Seja qual for a escolha, há algo hipnotizante em ver o arco numerado girando e girando, uma certa ansiedade por ver onde a bolinha vai parar, depois de pipocar para cá e para lá. Essa mesma emoção da antecipação foi usada em programas de auditório, como os famosos Roletrando e Roda a Roda, do consagrado Silvio Santos, ou a infame roleta do programa Bom Dia & Cia, na qual o PlayStation era objeto de cobiça.  

Do fundo do quintal

Uma das rodas mais divertidas e sociáveis que existe é também um ícone da cultura nacional: a roda de samba. Nascida como encontro de amigos que se reuniam em fundos de quintal para tocar e apreciar boa música, elas ganharam status de arte popular. Hoje, os melhores sambistas podem ganhar a vida se apresentando em bares e restaurantes nas tardes de sábado. E ainda vão estar se divertindo.

Os físicos e os matemáticos talvez possam explicar por que as rodas são tão recorrentes. Mas dificilmente conseguirão explicar por que elas são tão fascinantes. Para descobrir, teríamos que dar voltas e mais voltas e … – olha aí a roda de novo!

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