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Vizinhança se preocupa com imóveis vazios na V. Clementino

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A dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti continuam preocupando o país todo. Aqui em São Paulo, o número de notificações continua subindo, mas os dados apontam que, em comparação ao mesmo período de 2015, houve uma queda do total de registros no mesmo período.

Na região, a pior situação é do Jabaquara, já com 36 casos. Mas, para efeito de comparacão, o distrito Lajeado, na zona leste, já contabiliza 159 casos e a Penha 109. No ano passado todo, o Jabaquara totalizou 2.861 casos.

Nas outras regiões, a situação é ainda mais tranquila, o que não deve significar desatenção. No Cursino, há 25 casos e em 2015 foram 474. No Ipiranga, há 14 registros enquanto que no ano passado foram 548. Na Saúde, 18 casos foram registrados até agora, contra 419 de 2015. Na Vila Mariana 16 pessoas contraíram dengue em 2016, e outras 358 ao longo do ano passado. Em Santo Amaro, foram apenas seis casos e 197 em 2015. Moema teve nove casos, mais 165 no ano passado.

Enquanto as notícias sobre a dengue e outras doenças continuam chegando, a população também tem se mobilizado para denunciar imóveis fechados ou que apresentem acúmulo de lixo e situações de risco para formação de criadouros do mosquito.

Recentemente, a Prefeitura passou a entrar em terrenos e casas que apresentem potencial risco de proliferação do mosquito.  De acordo com a lei, após a publicação da notificação no Diário Oficial, o dono do local tem até 48 horas para agendar a visita dos agentes sanitários da Prefeitura. Se o prazo for ultrapassado, os agentes poderão entrar no terreno mesmo sem autorização.

Segundo a Prefeitura, a medida tem como objetivo reduzir o tempo entre a notificação do proprietário e o efetivo combate aos focos do mosquito, já que, anteriormente, para realizar a entrada forçada, a Prefeitura tinha que notificar o dono por meio de uma consulta ao cadastro imobiliário fiscal, um processo mais demorado e que poderia favorecer a reprodução do Aedes Aegypti.

Na região, moradores da Vila Clementino denunciaram imóveis desocupados na Rua dos Otonis, no quarteirão entre as ruas Loefgreen e Pedro de Toledo. Os imóveis estão desocupados e fechados, alguns deles com vidraças quebradas e aberturas no telhado. Nas janelas, é possível ver cartazes colados por dentro, indicando que os sobrados pertencem à Unifesp – a Universidade Federal de São Paulo.

A Unifesp ocupa inúmeros prédios e imóveis no bairro. Tem um programa especial para tentar evitar a formação de possíveis criadouros e conta com linha direta para que funcionários e alunos possam denunciar eventuais criadouros formados.

Procurada, a universidade informou que os imóveis em questão foram adquiridos recentemente pela instituição e que estão em fase de recuperação e adaptação (obra).

Diz ainda que, em relação ao combate do mosquito Aedes aegypti, os responsáveis pelas obras são orientados a mantê-las em ordem. Além disso, existem campanhas de prevenção, que visitam todos os imóveis do Campus. Caso a vizinhança queira denunciar situações de risco, deverá ligar para 5576-4848 – opção 1107 ou enviar e-mail para emergencia.sustenta@unifesp.br.

Outros bairros

O jornal São Paulo Zona Sul tem recebido também denúncias de outros imóveis em diversos bairros da região. Todas estão sendo encaminhadas às subprefeituras para checagem e eventual ação contra os proprietários.

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