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Cultura

Virada Cultural tem programação local

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Música, dança, teatro, circo, artes visuais, intervenções urbanas e programação infantil espalhadas por toda a cidade. A Virada Cultural desse ano tem algumas novidades previstas, até para garantir mais segurança ao público. Uma delas é a ampliação da participação de espaços fechados. Na região, haverá programação em bibliotecas, teatros, no CEU Caminho do Mar, nos Sescs Santo Amaro, Ipiranga e Vila Mariana, no auditório Ibirapuera e no Museu Afro Brasileiro… São tantas atrações virando a madrugada deste sábado para domingo que o ideal é conferir a programação completa no site viradacultural.prefeitura.sp.gov.br.
Para quem curte os grandes shows do centro da cidade, o destaque deste ano é o retorno do grupo Ira!, com Nasi e Edgard Scandurra, responsáveis pelo show de abertura no palco principal do evento, na praça Júlio Prestes, às 18h do dia 17, sábado. Por lá também passarão Vanessa da Mata, Luiz Melodia e Baby do Brasil.No palco Arouche, tradicionalmente reconhecido pela apresentação de artistas populares, trará as cantora Valesca, Rosanah e Roberta Miranda.
No Sesc Santo Amaro, a dica é conferir o espetáculo Cucaracha, que no sábado terá duas apresentações – no horário normal da temporada, às 21h, e depois às 23h59. A montagem da cia. Independente de Teatro, do Rio de Janeiro, aborda a delicada relação de afeto e dependência entre Vilma e Mirrage, respectivamente uma paciente em coma e uma enfermeira. A peça investiga temas como amizade e futuro, em duas frágeis perspectivas de liberdade.
O Sesc Santo Amaro fica na Rua Amador Bueno, 505. Na Virada, o espetáculo é grátis.
Outra dica é ir ao Sesc Vila Mariana, onde a programação é bem diversificada. O ator Luís Melo (foto) estará no espetáculo Ausência, às 18h e às 22 do sábado, e às 16h do domingo.
Os ingressos para espetáculos gratuitos na rede sesc estarão disponíveis para retirada no próprio sábado, dia 17h, a partir das 17h.
Para quem curte a madrugada, boa dica pode ser conferir o espetáculo de dança Sobre Expectativas e Promessas, com trilha sonora composta e executada ao vivo por Hedra Rockenbach, na Sala A, 4º andar – Torre A. À 00h30, o grupo Stop Play Moon, apresenta um hits de seu álbum eletrônico, com synths analógicos, poderosos beats e sons experimentais, percorre referências da disco music e sonoridades 80’s como o new wave, o pós punk e o industrial, noTeatro
Quem for ao Sesc Vila Mariana também precisa ficar atento à intervenção da artista Sonia Guggisberg na área externa do Sesc. Ela inaugurou, em novembro de 2013, o Projeto Colateral, que consiste numa sequência periódica de intervenções artísticas visuais em grande formato e que pretende explorar as dimensões das treliças em ferro que revestem toda a lateral da Praça Externa da unidade do Sesc Vila Mariana. Ainda em exposição, e com 427 metros quadrados, “SUBMERSÃO” é uma imagem decorrente da pesquisa da artista em torno do elemento água. A obra apresenta crianças brincando, mas, que paradoxalmente, estão aprisionadas em bolhas submersas. Para a Virada Cultural 2014, a artista complementa a proposta do painel “SUBMERSÃO” com a criação do vídeo “LIBERDADE VIRTUAL”, composto por imagens onde as mesmas crianças se libertam da clausura e da submersão proposta no painel que deu origem ao trabalho, e passam a transitar livres pelas estruturas e entorno do SESC Vila Mariana. O vídeo será exibido pela primeira vez no dia 17 de maio, sábado, ininterruptamente, das 18h à 01h, na praça Externa do Sesc Vila Mariana. A exibição integra a agenda da Virada Cultural 2014.
No auditório Ibirapuera, vai ter A Boca do Céu e Orquestra de Músicos das Ruas de São Paulo e Antonio Nóbrega, às 19h e à meia-noite. O auditório tem entrada pelo portão 2 do parque, na Avenida Pedro Alvares Cabral. Também no Ibirapuera, no dia 18, domingo, a dica é levar a garotada ao Museu Afro Brasil, que terá diferentes atividades. A partir das 10h, pode ser conferida a exposição Arte, Adorno, Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão Exposição que apresenta mais de 70 objetos de ofícios urbanos e rurais, muitos deles usados em fazendas e engenhos de açúcar, compondo um conjunto que realça as contribuições dos negros para a ciência e a tecnologia no Brasil. às 11h, o evento Brincadeiras do Congo reúne atividade com brincadeiras tradicionais congolesas, tendo como ponto de partida as visitas mediadas à exposição de longa duração. Às 14h, uma vivência artística chamada Impressões da Cor, será feita a partir da observação de obras expostas no Museu. A proposta é brincar com arte: desenho, gravação em matriz e impressão em cores.

 

Luis Mello, no espetáculo Ausência

 

 

Madrugada na Vila Mariana terá debates e filmes sobre inteligência artificial

“Os contrastes entre vida e morte, real e falso, nos fascinam”, afirma o jornalista Ronaldo Bressane ao explicar o porquê da inteligência artificial ser tão frequente na ficção científica. Segundo ele, “os robôs são seres mortos-vivos, como os vampiros e os zumbis”. Aquelas criaturas biônicas servem de tema para esta edição da Fantástica Jornada Noite Adentro, que ocorre no dia 17, a partir das 22h.
A novidade deste tradicional evento da Biblioteca Pública Viriato Corrêa na Virada Cultural, que enfoca sempre um determinado tema do universo fantástico por meio de debates, jogos de Live-Action Role Play e exibição de filmes, é que passará a acontecer da noite de sábado para domingo (não mais de sexta-feira para sábado, como antes).
A Jornada começa com um bate-papo sobre inteligência artificial, no qual é traçado um panorama histórico desse gênero de ficção científica, com foco em obras que abordam o tema dos robôs, androides e ciborgues. A mesa é composta por Bressane, também autor do livro “Mnemomáquina” (editora Demônio Negro), e pelo professor de cinema da Unicamp Alfredo Suppia. A mediação é feita pelo ator Gerson Steven. Logo após o encontro, tem início o jogo de RPG com o grupo Confraria das Ideias.
As sessões de cinema têm ínício às 24h com a exibição do clássico “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (1968), de Stanley Kubrick. Segundo Suppia, a obra foi um divisor de águas por ter elevado o cinema de ficção científica a um novo patamar de qualidade artística. “Trata-se de um ‘filme-monumento’ ou um ‘filme-total’, pois deflagra um universo estético propriamente complexo e rearranja gêneros cinematográficos e parâmetros de julgamento”, afirma. Em outras palavras, foi a primeira vez em que o gênero esteve bem próximo do cinema dito “de arte”, desafiando interpretações até hoje.
Em seguida, é a vez de “Blade Runner – O Caçador de Androides” (1982), de Ridley Scott. Suppia define a produção como “uma experiência estética marcante e influente, revigorando não só o cinema como também a literatura”. Ao final da programação, é exibido um título surpresa.
Para Bressane, os dois filmes selecionados tratam de temas essenciais da ficção científica, já estabelecidos no livro que considera ser o clássico inaugural do gênero: “Eu, robô”, de Isaac Asimov. “Os longas-metragens dizem respeito ao embate da inteligência artificial com a humanidade por crer-se superior, no primeiro filme, e ao conflito metafísico dessas criaturas, no caso do segundo.”
Serviço: Biblioteca Pública Viriato Corrêa. R. Sena Madureira, 298, Vila Mariana. Telefones: 5573-4017 e 5574-0389. Dias 17 e 18, das 22h às 6h. Grátis.

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