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Saúde

Casos de dengue aumentam

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Vila Mariana e Jabaquara não são “campeões” em casos de dengue, mas número ainda é alto

 

 

Mais de 3,2 mil pessoas já contraíram dengue esse ano na capital. O número é recorde, chega a superar anos com explosão de casos, como 2016, no mesmo período.

O aumento de casos é maior na zona norte da cidade, enquanto no Jabaquara os casos caíram quase pela metade em relação ao ano anterior.

Mas, importante ressaltar que como os números estão muito altos, mesmo com essa queda não dá para relaxar. O total de casos na Vila Mariana, por exemplo em todo o ano passado foi de 120, mas até a primeira semana de abril já há 43 casos registrados. Para se ter uma ideia, em todo ano de 2021 foram 48 casos no distrito e em 2020 apenas 22.

Armadilhas

Para conter o aumento, a Prefeitura esse ano resolveu investir em um novo método de combate à doença. Foram implantadas 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas, desenvolvidas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Esses equipamentos já estão sendo instalados na cidade e contam com tecnologia e recursos inovadores.

Segundo a Prefeitura, essa nova estratégia se soma às demais do Plano Municipal de Enfrentamento da Dengue e Demais Arboviroses, como os equipamentos de nebulização veicular, visitas casa a casa, entre outras atividades específicas.

As instalações das armadilhas serão feitas pelas equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).

A região de Vila Mariana e Saúde não devem ser priorizadas nesse momento. De acordo com a Secretaria Municipal de saúde, inicialmente, os novos equipamentos serão instalados em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue e distribuídos nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), como Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília.

O prefeito Ricardo Nunes celebrou a aquisição dos equipamentos. “Nós estamos acrescentando essa tecnologia, que atrai o mosquito fazendo com que ele se contamine com o produto que tem aqui na armadilha, que ficará impregnado nas suas patinhas e será levado aos criadouros para eliminar as larvas. Nós teremos 20 mil dessas armadilhas na cidade de São Paulo que já são utilizadas em diversos países”, disse.

Os equipamentos serão montados para que as fêmeas do Aedes aegypti (responsáveis pela disseminação da doença), após contato com o larvicida das armadilhas, distribuam o produto em seus criadouros a fim de eliminar o mosquito ainda em estado larval, não permitindo que ele se desenvolva para sua fase adulta. O larvicida utilizado nas armadilhas não afeta a saúde humana nem dos animais domésticos e tem liberação da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O uso de armadilhas disseminadoras de larvicidas como método de supressão de mosquitos é uma tecnologia inovadora no mundo e vem ampliar a capacidade de combate ao mosquito, que já ocorre rotineiramente na cidade de São Paulo. Esse é mais um esforço da prefeitura para diminuir o número de casos de dengue”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

Outras ações

Em 2023, até o momento, foram realizadas 1.379.513 ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti na cidade de São Paulo. Ao todo, foram 327.852 visitas casa a casa (entre rotina e intensificação), além de 13.004 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 1.006.666 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas. Em 2022, foram realizadas cerca de 5 milhões de ações.

Como denunciar

Quem quiser denunciar o acúmulo de água parada em terrenos, calhas, telhados, piscinas desativadas e outros pontos deve procurar o Serviço de Atendimento ao Cidadão, da Prefeitura. As solicitações de vistoria podem ser realizadas pelo telefone 156 – serviço “Pernilongo/Mosquito – Solicitar vistoria em local infestado” ou diretamente no site clicando aqui.

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