Urbanismo
Vereadores discutem medidas para reduzir ruídos em bairros vizinhos ao Aeroporto
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Moradores reivindicam instalação de janelas antirruído em todos os imóveis
“Foi fantástico. Mas, precisaria ser verdade para ser realmente bom”. A frase é de Edwaldo Sarmento, da Associação de Moradores do Entorno do Aeroporto. Ele e outros integrantes da entidade participaram esta semana de uma audiência pública promovida pela Câmara de vereadores de São Paulo para discutir a poluição sonora ao redor de Congonhas. Participaram do encontro representantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), das empresas aéreas e da Secretaria do Verde.
O vereador Paulo Frange (PTB), presidente da comissão de Política Urbana, avalia que a Prefeitura não tem atuado na questão aeroportuária como deveria. Ele também lamentou que a Infraero não esteja cumprindo exigências da Secretaria do Verde no sentido de realizar testes de ruídos para regulamentar a situação de Congonhas.
“Congonhas é hoje um problema, mas pode vir a ser um grande exemplo”, afirmou Rogério Benevides, do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias. Ele comparou que, em outros países, a comunidade local e Prefeitura conduzem processos neste sentido. Por isso, considera que o controle de ruído deva ser permanente na região.
Alexandre Filizola, da Anac, diz que a Prefeitura tem papel chave na questão. Ponderou ainda que a criação de rotas alternativas para as aeronaves pode minimizar o problema. Mas admitiu que não há possibilidade de reduzir o horário de funcionamento de Congonhas porque os demais aeroportos do estado não têm atualmente condições de absorver o movimento.
Diz ainda que algumas medidas já foram tomadas, como a proibição do tráfego de determinados modelos de aeronaves e a adoção de técnicas específicas de pouso e decolagem que produzem menos barulho.
Marcos Juliano, engenheiro especializado em ruídos explicou que a construção de barreiras acústicas não é viável e tampouco seria eficiente. Por outro lado, admite que a instalação de janelas antirruído pode solucionar boa parte do problema.
Edwaldo Sarmento, da Associação de Moradores da região, sugeriu durante a audiência que os usuários do aeroporto pagassem uma taxa destinada a bancar a instalação destas janelas, até que todas as residências da região estejam protegidas.
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