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Saúde

Tosse prolongada? Pode ser tuberculose

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Esta semana foi lembrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24/03. A data serve de alerta para que pessoas com tosse prolongada fiquem atentas e busquem diagnosticar corretamente o problema, ao mesmo tempo em que também é usado para orientar os pacientes a levar o tratamento até o fim.
“O bacilo da tuberculose é difícil de matar completamente. Se você começa o tratamento e para no meio, o bacilo vai criando mutações mais resistentes. O especialista acaba tendo que mudar os antimicrobianos, o tratamento fica mais demorado, mais difícil”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família, Thiago Trindade.
Em 2014, a incidência de tuberculose no Brasil foi 33,5 casos por 100 mil habitantes. A doença é causada pela mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, que afeta principalmente os pulmões. A infecção ocorre a partir da inalação de gotículas contendo bacilos, expelidos pela tosse, fala ou pelo espirro.
Em locais cobertos pela Estratégia Saúde da Família, os agentes são orientados a buscar os pacientes que não vão pegar os remédios no dia certo, já que é comum o doente se sentir melhor depois de algumas semanas tomando os remédios e, por isso, não completar o esquema. O tratamento da doença dura seis meses e está disponível gratuitamente pela atenção básica da rede pública de saúde.

Onde tratar?
Na região, é possível buscar orientação, testes e tramento em várias unidades, entre elas o CSI Vila Mariana Dr. Lívio Amato (Rua Domingos de Moraes, 1947 – telefones 5571-4828 e 5571-3045); na UBSF Milton Santos (Av. Ceci, 2249 – telefones: 2578-1838 e 5072-1954); ou no Ambulatório de Especialidades Jabaquara Alexandre Kalil Yasbeck – Ceci (Av. Ceci, 2235 – telefones 2276-9719; 2275-1999 e 5581-2828)

A doença
A tuberculose está diretamente associada a situações de vulnerabilidade social, afetando pessoas que moram em lugares com más condições de saneamento básico, principalmente presidiários, indígenas, moradores de rua. Devido ao sistema imunológico mais frágil, idosos, crianças e pessoas com o HIV também têm maior facilidade de contrair a doença. Dados do Ministério da Saúde mostram que os índios têm três vezes mais riscos de contrair a doença, em relação à população em geral. Na população carcerária, o índice aumenta para 27 vezes, na população com HIV a incidência sobe para 38 vezes e na população de rua, para 44 vezes.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro. Qualquer pessoa com esse sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico.
O Brasil conta com a vacina BCG, que combate formas mais graves da tuberculose, mas nem sempre evita a contaminação pelo bacilo. “O que a vacina faz é diminuir os casos graves e a letalidade da doença. Mesmo com a imunização, pode continuar havendo casos, mas com menos mortes”, explica o especialista.

Com informações da Agência Brasil

 

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Maicon Ribeiro

    22 de janeiro de 2016 at 16:03

    Da fragilidade de crianças, idosos e portadores de HIV em relação a tuberculose eu sabia. Mas dos indígenas também serem mais propensos à infecção, não.

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