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Tornar a cidade mais limpa é desafio de todos

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Por ano, só para que a cidade seja varrida, são gastos cerca de 800 milhões de reais. Ou seja, é uma verba exclusiva para retirar resíduos das vias públicas que seus próprios cidadãos descartaram incorretamente.

A cidade conta com aproximadamente 14.500 agentes de limpeza, sendo que mais de 9 mil profissionais são responsáveis pelos serviços de limpeza urbana e mais de 5 mil de coleta domiciliar. Esse batalhão garante que os resíduos gerados pelos mais de 12,8 milhões da cidade de São Paulo tenham o tratamento e destinação correta.

Atualmente, a Prefeitura está com uma campanha para conscientizar seus cidadãos sobre a importância de prestar atenção aos resíduos que gera diariamente. O descarte é constante: no trabalho, nas ruas, nos passeios, em turismo, em casa… E dos mais diversos tipos, não só rejeitos, que são aqueles materiais que não podem mais ser reaproveitado e devem ser corretamente acondicionados e encaminhados, por meio da coleta domiciliar tradicional, para os aterros sanitários: restos de comida temperada, papel sujo (inclusive guardanapos e papeis higiênicos), fraldas e absorventes, pontas de cigarro, cabelos…

Na cidade, ainda são gerados vários outros tipos de resíduos, cotidianamente: entulho, “bagulhos” (que são itens não necessariamente recicláveis, como colchões e sofás velhos, eletrodomésticos e móveis quebrados), restos de jardinagem, resíduos de saúde e animais mortos.

Refis e granel

Cada cidadão pode contribuir de várias maneiras para manter a cidade limpa e ainda evitar agressões ao meio ambiente que podem custar caro no futuro.

A primeira delas é reduzindo a quantidade de resíduos diariamente – tanto recicláveis quanto rejeitos comuns. Evitar o desperdício, reaproveitar itens e não comprar o que não é necessário são formas fundamentais de contribuir, inclusive prolongando a vida útil dos aterros urbanos.

Há, também, recursos modernos e que merecem atenção. Entre eles, um é quase, na verdade, uma volta ao passado: comprar itens a granel, desde que sempre com atenção à procedência. Itens em natura, não industrializados, que podem ser comprados com o consumidor levando seu próprio vasilhame.

A embalagem, no entanto, é fundamental em alguns casos, já que traz detalhes sobre a validade, as características e a procedência dos itens comprados. Nesse caso, há outro recurso moderno importante, que é o refil. Trata-se de uma forma inteligente de repor produtos sem gerar embalagens excessivamente.

As embalagens inevitalmente descartadas devem ser recicladas.
Vale ressaltar, sempre, que todos os rejeitos e os itens recicláveis merecem igual atenção e encaminhamento. Além de não descartar nada incorretamente pelas ruas – nem a bituca de cigarro, nem o entulho ou bagulho.

Para os resíduos produzidos em ambiente doméstico, é importante separar rejeitos e recicláveis. O que é reciclável vai para uma embalagem única: pode juntar vidro, metal, plástico e papel, desde que limpos, e disponibilizar o saco no dia e horário que o caminhão da coleta seletiva presta o serviço em sua rua. Esse material será separado em centrais de triagem ou por cooperativas de catadores, posteriormente.

Já os rejeitos devem ser bem acondicionados e colocados uma hora antes de o caminhão passar em sua rua.

Tanto o serviço de coleta seletiva quanto a coleta domiciliar tradicional são prestados pela concessionária Ecourbis Ambiental, nas zonas leste e sul da cidade. Para saber quando passam em sua rua, basta acessar: https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

Vida profissional

Jessica Losacco é recém formada em Odontologia. A jovem mora na Vila Mariana com a mãe, Denise, e sempre se dedicaram a encaminhar materiais recicláveis por meio da coleta seletiva. “Passa em nossa porta, duas vezes por semana. Não custa nada separar os materiais e colocar na data certa”, diz ela.

Agora, graduada e iniciando a carreira profissional, Jéssica acredita que seus sonhos pessoais não se desvinculam dos cuidados com a natureza.

No consultório que acaba de montar com outras cirurgiãs dentistas, ela já sabe que os resíduos de saúde têm destinação diferenciada e coleta especial.

Mas, além disso, ela mantém atitudes cotidianas de economia de material e embalagens, evita impressões desnecessárias e investe em uso inteligente de recursos como água e energia elétrica.

Visão sistêmica

“Eu cresci aprendendo a separar materiais, participar da coleta seletiva, entendendo a importância da reciclagem”, conta a jovem dentista. “Agora, procuro levar essa mesma postura para o meu cotidiano, seja na hora de almoçar em um restaurante, seja dentro do consultório”, completa.

Ela explica que os materiais técnicos odotológicos utilizados são separados para a coleta dos resíduos de saúde. Mas, outros itens como revistas da sala de espera ou embalagens comuns usados no ambiente profissional também são encaminhados para a reciclagem ou doados. O mesmo vale para papéis limpos e recicláveis em geral, como impressões e correspondências.

Considera que o maior desafio atual é encontrar alternativas para os copos plásticos, mexedores e sachês de açúcar ou adoçante para uso dos pacientes. “Já encaminho tudo para a reciclagem, pela coleta seletiva. Mas estou me informando sobre copos de plástico biodegradáveis para reduzir o impacto, pois em consultórios não é possível optar por canecas”, diz ela.

“Quanto menos lixo a gente produz, menos impacto estaremos provocando na cidade que nos acolhe, no planeta que garante nossa sobreviência”, observa.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. victor

    14 de junho de 2019 at 9:12

    vocês já ouviram falar de uma maquina de reciclar resíduos orgânicos , que é o que gera mais lixo , insetos e bichos , a maquina chama ORCA e transforma o resíduo orgânico em água cinza e vai por esgoto , sem contar que aumenta o tempo de vida dos aterros sanitários

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