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Urbanismo

Tombamento de mosteiro está parado há dez anos

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Vizinhança se preocupa com obras no entorno que podem descaracterizar e tirar privacidade

Pouco conhecido até mesmo de quem mora na região, o Mosteiro de Santa Teresa de Ávila ocupa quase um quarteirão inteiro em Mirandópolis. Repleto de azulejos portugueses, com grande e bem conservada área ajardinada e conjunto arquitetônico imponente construído na década de 1940, o convento parece reunir todos os requisitos para ser tombado como patrimônio histórico da cidade de São Paulo.
Efetivamente, um processo foi aberto, garantindo sua preservação enquanto a análise técnica é feita por historiadores e integrantes do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São, o Conpresp, órgão ligado à Secretaria Municipal de Cultura.
Mas, até agora não há qualquer resolução. Há dois anos, o jornal O Estado de S.Paulo chegou a cobrar a situação deste e outros processos de tombamento na cidade, apontando que há casos em que a demora chega a duas décadas.
Questionada pelo jornal SP Zona Sul, a Secretaria Municipal de Cultura não se pronunciou sobre o andamento do processo nem indicou prazos para desfecho do caso.
A pedido de moradores do entorno do convento, que fica em plena avenida Jabaquara, esquina com Avenida Senador Casemiro da Rocha, o jornal ainda questionou sobre a construção de edifício nas proximidades, onde já existe um estande de vendas.
A SMC se limitou a dizer que “não há proteção de preservação de patrimônio histórico para evitar a construção de edifício no local”. A Subprefeitura de Vila Mariana, por sua vez, informou que se trata de um empreendimento imobiliário para a construção de edifício residencial que possui Alvará de Aprovação para Edificação Nova, estande de vendas e demolição
Histórico
O mosteiro de Santa Teresa de Ávila foi construído no início da década de 1940, para que as freiras, da Ordem das Carmelitas Descalças, pudessem desocupar o prédio onde viviam, em Perdizes. Elas doaram a área na zona oeste para que se tornasse sede da Pontifícia Universidade Católica, a PUC.
O conjunto foi construído pela empresa Leandro Dupré Construções Ltda., e a mudança das freiras aconteceu em 1948.
Hoje, vivem ali pouco mais de 20 religiosas, em completa clausura. As irmãs fazem produtos artesanais que são vendidos na loja do mosteiro aos domingos, das 8h30 às 17h.
De segunda a sábado, há missas às 7h e aos domingos às 8h. O exterior e uma pequena capela são abertos à visitação das 8h às 10h30 e das 15h às 16h30.

 

 

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Roberto Silva

    9 de maio de 2014 at 9:49

    Na verdade é um completo desrespeito com a memória desta cidade.
    O patrimônio histórico deveria ser prioridade!
    Precisamos cobrar mais das autoridades inclusive colocar isso nas discussões para eleições.

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