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Saúde

Teste do pezinho tem história na zona sul

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Não tem nem meio século que o Teste do Pezinho revolucionou a medicina no país. E foi na APAE-SP, atual Instituto Jô Clemente – que esse exame foi introduzido, em 1976.

A instituição com sede na Vila Clementino não só foi pioneira na realização de exame como ainda seu laboratório continua sendo o maior serviço de referência em número de exames realizados no Brasil. São mais de 17,8 milhões de crianças triadas até hoje.

Obrigatório, o exame identifica doenças, incluindo graves e raras, que podem ser tratadas e até evitáveis, além de reduzir custos com tratamentos, internações, sequelas e acompanhamentos de pacientes nos sistemas de saúde público e privado.

Atualmente, o Instituto é responsável pela triagem de 67% dos bebês nascidos vivos no estado de São Paulo.

Na capital paulista, 100% dos exames são feitos no IJC. Somente em 2022, foram triados 340.882 bebês, totalizando 2.732.191 exames.

A triagem tem capacidade de apontar doenças e condições metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas congênitas no bebê. Muitas dessas doenças, se não diagnosticadas e tratadas de forma precoce, podem ocasionar problemas de saúde e, em casos mais graves, levar até mesmo ao óbito.

O Teste do Pezinho deve ser realizado em todos os recém-nascidos. O período ideal para a coleta deve ser entre o terceiro e o quinto dia de vida. O exame nunca deve ser feito antes das 48 horas de vida, pois os resultados podem não ser confiáveis. Em outubro de 2020, a triagem neonatal passou a investigar de 6 doenças a 50 doenças na rede pública.

Caso o resultado demonstre a existência de alguma das doenças detectáveis, a família é contatada pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal para a realização de novos exames. Segundo dados do Ministério da Saúde, a maior parte dos diagnósticos foi para hipotireoidismo congênito e doença falciforme.

Amparo Maternal

Hospitais públicos e particulares têm que realizar o exame obrigatoriamente.

Na região, um grande exemplo da importância do Teste do Pezinho é a maternidade Amparo Maternal, gerenciada pela SPDM, onde são realiza doscerca de 430 testes mensais.

As famílias são orientadassobre a importância do exame e a equipe recebe treinamento para que a coleta seja feita de maneira adequada.

Dia Mundial e Junho Lilás

Em 6 de junho, foi celebrado o Dia Municipal e Nacional do Teste do Pezinho, como parte da conscientização promovida pelo Junho Lilás. Na rede pública municipal, o exame foi ampliado em dezembro de 2020 para a detecção de 50 doenças em recém-nascidos.

A ampliação vem acontecendo de forma gradativa, além de acesso a exames confirmatórios e agendamento de consulta com especialistas, a fim de assegurar a linha de cuidado para cada doença. Neste ano, até abril, 34.487 crianças fizeram o teste na rede municipal. Durante todo o ano de 2022 e 2021, foram triadas 104.550 e 123.356 crianças, respectivamente.

Em todos os recém-nascidos na rede municipal de saúde é realizado um exame que detecta 27 doenças. Nos bebês sintomáticos ou internados em unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal é feito o teste ampliado para 50 doenças.

A gestão municipal mantém um contrato com o Instituto Jô Clemente (IJC), que oferece serviços de laboratório e triagem neonatal para as crianças que nascem nas maternidades da rede municipal na cidade de São Paulo, e é responsável também pela capacitação e sensibilização contínua de todos os profissionais de saúde, monitoramento da qualidade e quantidade das amostras coletadas nos equipamentos, realização dos exames coletados, confirmação diagnóstica e pela busca ativa de responsáveis por crianças para as quais há necessidade de novos exames.

“O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno às crianças são fundamentais e estão garantidos por meio do teste do pezinho ampliado, promovendo a saúde da criança e da família por extensão”, afirma o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

Veja a relação de doenças triadas no teste do pezinho ampliado oferecido pela SMS:

Seis doenças do Programa Nacional de Triagem Neonatal:

• Fenilcetonúria;

• Hipotireoidismo congênito;

• Anemia falciforme e outras hemoglobinopatias;

• Fibrose cística;

• Deficiência de biotinidase;

• Hiperplasia adrenal congênita.

 

Oferecidas a todos os recém-nascidos:

• Deficiência de G6PD;

• Galactosemia;

• Toxoplasmose congênita;

• Imunodeficiência combinada grave (SCID);

• Agamaglobulinemia;

• Doenças diagnosticadas pela metodologia de espectrometria de massas em tandem (fase 1) que inclui imunodeficiência combinada grave por deficiência de adenosina desaminase, adrenoleucodistrofia ligado ao X, duas aminoacidopatias, dez distúrbios dos ácidos graxos e dois distúrbios dos ácidos orgânicos.

Oferecidas aos recém-nascidos sintomáticos ou internados em UTI neonatal:

• Todas as doenças acima e as demais diagnosticadas pela metodologia de espectrometria de massas em Tandem, onde se inclui a homocistinúria.

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