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Tem medo de descartar o que não serve mais?

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De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, a disposofobia, uma doença psiquiátrica caracterizada pela compulsão em acumular objetos, afeta aproximadamente 2,6% da população mundial. No ano de 2022, as equipes de limpeza da Prefeitura de São Paulo foram responsáveis por remover 426,09 toneladas de detritos relacionados a essa condição. Neste ano, já foram recolhidas 24,47 toneladas.

A compulsão que leva o acúmulo gera problemas. Muitas pessoas apresentam extrema dificuldade em se desfazer de objetos novos ou antigos. Essa dificuldade pode envolver papéis, embalagens e recipientes descartáveis que o indivíduo acredita terem algum valor futuro, utilidade ou até mesmo um significado emocional. Em algumas situações, o paciente acaba acumulando até mesmo lixo em sua residência.

Embora a causa desse problema seja desconhecida, é fundamental buscar acompanhamento com especialistas, como psiquiatras e psicólogos. O apoio da família é essencial para o tratamento, oferecendo um ambiente respeitoso, uma vez que os objetos acumulados possuem valor sentimental para a pessoa em situação de acumulação.

A Secretaria Executiva de Limpeza Urbana (SELIMP), órgão vinculado à Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), desempenha um papel fundamental na remoção dos objetos acumulados. As equipes de zeladoria possuem experiência no atendimento às demandas de indivíduos acumuladores, oferecendo apoio em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Essa ação conjunta entre a SELIMP e a SMS é essencial para garantir um ambiente limpo, seguro e saudável para todos os cidadãos. Por meio dessa parceria busca-se promover a conscientização sobre a disposofobia e oferecer suporte adequado para aqueles que sofrem dessa condição, visando a sua recuperação.

Vale ainda destacar que, em princípio, a limpeza de áreas particulares, incluindo aí as residências de acumuladores, é responsabilidade do proprietário. Assim, a ação da Prefeitura  é no sentido de conscientização e tratamento desses pacientes. Para a limpeza dos imóveis particulares, é necessária a determinação judicial. 

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