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Comércio

Supermercados devem oferecer alternativa gratuita às sacolas

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Procon diz que, se não houver caixas de papelão, biodegradáveis devem ser oferecidas de graça

A polêmica sobre a oferta gratuita de sacolinhas em supermercados está longe de acabar. Esta semana, o Procon de São Paulo determinou que os supermercados devem garantir embalagens gratuitas suficientes para que os consumidores continuem transportando suas compras. A Associação Paulista de Supermercados diz que oferece as caixas de papelão. Mas, a nota do Procon sobre o tema ainda estabelece que, se não houver caixas suficientes para atender todos os clientes – o que é comum, diga-se de passagem – “o estabelecimento deverá fornecer gratuitamente a sacola biodegradável, respeitando assim os ditames do Código de Defesa do Consumidor (CDC)”.

A APAS, por sua vez, defende que o Projeto “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco” foi implantado com sucesso e passa por um momento de ajustes finos. Diz ainda que o projeto atende “uma demanda da sociedade” e que “está atenta ao sentimento dos consumidores neste momento de transição”. Questiona ainda que “A nota do Procon requer mais esclarecimentos, inclusive sobre o prazo adequado para arrefecer a cultura da sacola gratuita, sabidamente prejudicial ao meio ambiente”. Efetivamente, a nota divulgada pelo Procon diz que “os estabelecimentos devem oferecer uma alternativa gratuita para que os consumidores possam finalizar sua compra de forma adequada, devendo essa medida ser adotada pelo tempo necessário à desagregação natural do hábito de consumo”, sem entretanto estabelecer datas.

O Procon diz ainda que os consumidores que se sentirem lesados ou tiverem queixas podem procurar atendimento pelo telefone 151 ou nos postos da entidade. (veja endereços e horários em www.procon.sp.gov.br)

Debate

A pesquisa do Datafolha pode ter demonstrado que pouco mais da metade dos paulistanos são a favor do fim das sacolinhas, mas na internet, em especial nas redes sociais, o que se vê é muita reclamação contra o projeto da APAS. Em geral, os consumidores questionam o mesmo que o São Paulo Zona Sul já apontou em matérias anteriores: se a preocupação é ambiental, por que os produtos vendidos dentro do supermercado continuam repletos de embalagens, em especial o plástico? Por que os sacos de lixo não são também proibidos e continuam à venda nos supermercados?

Além disso, há várias críticas às chamadas “ecobags”, ou sacolas retornáveis – tanto pelo fato de que são confeccionadas em países como Vietnã ou China e, por isso, consomem energia e geram emprego em outros países, até pelo modismo criado, incentivando o consumo exagerado delas), que também gera lixo e consome energia para produção.

Os consumidores reclamam também de que a economia gerada com o fim da gratuidade das sacolinhas plásticas comuns não foi repassado, com redução dos preços de produtos.

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