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História

São Paulo, 469: desafios e contradições

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São Paulo chega aos 469 anos na próxima quarta, 25 de janeiro. A pequena vila que surgiu em 1554 se manteve bem isolada, longe do mar e, até o século XIX se manteve com 20 mil habitantes…

Foi só no século XX, com as imigrações de europeus, japoneses e árabes que a cidade se desenvolveu de forma explosiva. No último século, a cidade atingiu 12 milhões de habitantes, cresceu para todos os lados e bairros que antes abrigavam fazendas e áreas ermas se tornaram hiperpopulosos e repletos de construções, prédios, fábricas, empresas.

Agora, a cidade celebra seu aniversário com todos os conflitos resultantes desse processo tão rápido e intenso, seja em questões estruturais e urbanísticas, seja em situações sociais e culturais.

Se por um lado a periferia da cidade carece ainda de opções de cultura, lazer e gastronomia, a região central é considerada uma das melhores do mundo nesses setores. E o problema habitacional e econômico se reflete no grande número de pessoas – famílias inteiras, até – vivendo nas ruas ou de forma precária em comunidades, em beiras de córregos ou áreas de risco.

Prêmio

Essa cidade caótica, movimentada, que é ativa 24 horas por dia, repleta de problemas mas também de atrações é a maior da América Latina e uma das maiores do mundo.

Suas contradições não impediram que ganhasse, recentemente, mais um reconhecimento.

O guia “Worlds Best Cities” listou as 100 melhores cidades do mundo e a capital paulista ganhou um honroso 33o. lugar.  É a primeira entre as da América Latina e, aliás, uma das poucas. O Rio de Janeiro ficou em 54, atrás de Buenos Aires que está  na 44 posição. O guia pode ser acessado em https://www.worldsbestcities.com/ (em inglês).

O guia define assim a capital:

“A maior metrópole do Brasil (e da América do Sul) saúdavocê não com praias mas com arranha-céus, trânsito, poluição atmosférica e o mais do que ocasional aguaceiro. Mas, como dirão os paulistanos a você pessoalmente ou através de check-ins do Facebook (em que a cidade atinge o quarto lugar), eles moram na melhor cidade do planeta.

Com a maior população de descendentes de italianos fora da Itália, a maior comunidade de pessoas de ascendência japonesa fora do Japão e uma grande comunidade do Oriente Médio (alimentada principalmente por libaneses e sírios imigrantes), as delícias culinárias são uma dádiva. A cidade consegue um impressionante terceiro lugar no mundo para seus restaurantes, à frente de Londres e Nova Iorque.

A retomada da vida [pós pandemia] deu à cena cultural a classificação em 4º lugar na cidade, uma posição tonificada, com concertos de assinatura, shows e eventos atraindo multidões grandes, coloridas numa grande reviravolta.

Novos hotéis e experiências estão por toda parte: do antecipado Rosewood Sāo Paulo (seus interiores e 180 quartos são projetados pelo designer francês Philippe Starck e 57 artistas locais) para o Hotel Novo Skybar do Ca’ d’Oro no 27o andar, um mirante ideal para respirar e observa uma cidade que parece nunca respirar…”

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