Ruas Coronel Lisboa e Jupatis estão nos planos da CET para novas ciclovias

O plano da Prefeitura de implantar 400 quilômetros de ciclovias até o final do próximo ano está a todo o vapor. Nem todos os trajetos foram explicitados ainda, porém alguns estão definidos e devem ser implantados já nos próximos dias.
Dois deles até já deveriam estar prontos, de acordo com o cronograma divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego, e ficam na região: são as chamadas ciclovias Coronel Lisboa, na Vila Clementino, e Jupatis, no Jabaquara.
Procurada pelo jornal SP Zona Sul, a CET ainda não forneceu os detalhes e nem repassou o novo cronograma para as duas ciclovias divulgadas, que pelo divulgado inicialmente deveriam já ter sido concluídas em setembro.
Sabe-se apenas que a ciclovia da Coronel Lisboa na verdade tem início na Rua Madre Cabrini. Dali, segue pelas Ruas Coronel Lisboa, Primeiro de Janeiro, depois avenida Jabaquara, já na região de Mirandópolis, num total de 4,7 quilômetros de extensão.
A ciclovia da Rua Jupatis, por sua vez, começa na via deste nome, na Vila Campestre, região do Jabaquara. Dali, segue pela Avenida Engenheiro George Corbisier e Rua Camilo Carrera. Esta ciclovia terá apenas 300 metros. Mas a listagem de projetos traz também uma sequência, com 200 metros de extensão, partindo da Rua Camilo Carrera, depois Jupatis e Belmiro Zaneti Esteves.
A previsão até o final de setembro, que incluia estas duas ciclovias, seria de 64,5 quilômetros a mais, atingindo um total na cidade de 78,3 km de ciclovias. Ainda em 2014, segundo a CET, a cidade já deve contar com 200 quilômetros implantados.
Na região, por enquanto, a única ciclovia efetivamente implantada é aquela que substitui a antiga motofaixa, nas Ruas Vergueiro e Domingos de Morais, saindo da estação Vila Mariana em direção ao centro antigo.
Segundo a Prefeitura, os novos percursos deverão ser espalhados pela capital conectados com outros modais de transporte, como terminais de ônibus, equipamentos públicos, escolas, praças, parques e locais de trabalho. Nos projetos concebidos pela área de planejamento cicloviário da CET, o custo por quilômetro está estimado em R$ 200 mil. No total, o investimento será por volta de R$ 80 milhões.
A CET afirma que algumas diretrizes estáo norteando esta rede de 400 quilômetros de ciclovias. Em suma, as futuras ciclovias devam ter o seguinte padrão: ligações perimetrais e radiais: constituição de rede estrutural cicloviária; conectividade dos trajetos; linearidade: menor distância possível na viagem; funcionalidade: importância das ligações que proporciona (escolas, praças, etc.): integração modal com transporte de média e alta capacidade; uso da estrutura como meio de transporte; preferência por ruas secundárias; não se eliminar a faixa de rolamento; implantar preferencialmente no lado esquerdo; ser preferencialmente bidirecional
Como a ciclovia será sinalizada na via pública (ou seja, não em calçadas), será necessário remover vagas de estacionamento (inclusive as de Zona Azul) nas vias contempladas por este plano.
É curioso, portanto, no caso da Rua Coronel Lisboa, avaliar que estavam sendo demarcadas novas vagas de zona Azul. Mas, como a CET ainda não divulgou o trajeto exato e completo, pode não haver conflito.
Segundo a CET, a readequação na política de estacionamento se faz indispensável para otimizar a capacidade viária. Nesse processo, há a estimativa de supressão de 30 a 40 mil vagas de estacionamento em toda a cidade para dar lugar às novas ciclovias.
A princípio, a implantação das ciclovias será no lado esquerdo por questão de segurança. A prioridade continua sendo o pedestre, seguido pelo transporte coletivo e, agora, o estímulo será mais intensivo ao uso da bicicleta como meio de transporte.

A movimentada R. Coronel Lisboa, mas ainda não há detalhes