Rodízio deve ser ampliado em abril, mas Jabaquara continua fora

O rodízio deve mesmo ser ampliado na cidade de São Paulo em abril, com multas para quem desobedecer os novos limites sendo aplicadas a partir do mês seguinte. Atualmente, a restrição à circulação de veículos em um dia da semana, no horário de pico, conforme o final da placa, é válida apenas dentro da área composta pelo chamado mini anel viário central. Ou seja, a restrição vale para todas as vias na região entre as Marginais Pinheiros e Tietê, Avenida dos Bandeirantes e Abraão de Moraes/Ricardo Jafet. Dessa forma, os bairros do Jabaquara, Cursino e Ipiranga estão fora do rodízio, enquanto Moema, Saúde e Vila Mariana integram a área com restrições.
As mudanças foram anunciadas e apresentadas oficialmente esta semana durante reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes, que é presidido pelo secretário municipal de Transportes, Gilmar Tatto, mas também conta com representantes de entidades, empresas de ônibus, A ampliação, entretanto, não será feita por região e sim por vias arteriais. Isto significa que os motoristas não poderão circular em grades vias específicas, mas estão livres para trafegar em bairros vizinhos e ruas transversais – inclusive cortando alguns destes corredores.
No Jabaquara, está prevista a ampliação do rodízio, por enquanto, apenas nas avenidas Jornalista Roberto Marinho e Washington Luis. Ainda na região sul, devem ser incluídas no rodízio as avenidas Teotônio Vilela, Roque Petroni Jr, João Dias, Interlagos e Robert Kennedy.
O estudo, entretanto, não está finalizado porque, em alguns casos, a CET admite que seria preciso incluir não apenas vias arteriais como também trechos com outra classificação viária na restrição para que não houvesse descontinuidade. Eixos compostos por vias arteriais e outras diferentes que se somariam à nova área de abrangência do Rodízio seriam, por exemplo, a Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira (arterial I) e o trecho da mesma avenida entre a Av. George Corbisier e a Rua dos Jequitibás (arterial II); e a Av. Adolfo Pinheiro, entre o Largo 13 de Maio e a Rua Cidade de Itu, que é uma Via Arterial I, sendo, porém, seu restante classificado como Via Arterial II.
A Via Arterial do Tipo I é aquela caracterizada por interseção em nível, pista dupla, duas ou mais faixas de tráfego por sentido, podendo ou não ter canteiro central. As vias arteriais, no geral, possibilitam macro deslocamentos ao fazerem ligações entre bairros.
Em outras palavras, sto quer dizer que, para que o Rodízio seja levado a uma via como a Roberto Marinho, é necessário estabelecer uma conexão entre ela e o mini anel viário através de outras vias secundárias.
Estudo
A proposta é ampliar a restrição na cidade toda, sem aumentar o número de dias e placas, em 371 km de vias, sendo 91% consideradas arteriais de Tipo 1 ou ruas e avenidas grandes com canteiros centrais e que fazem ligação com o Centro. Segundo os dados de estudo realizado pela Companhia de Engenharia de Trânsito, com o novo modelo a velocidade média em toda a cidade aumentaria em 8,5% e haveria diminuição de 13% nas filas e congestionamentos. Somente nas vias arteriais, o ganho de velocidade seria de 12% e a queda no volume de trânsito em 20%.
A Prefeitura promete ainda debater mais o assunto e irá instalar novas sinalizações, que hoje não existem, para indicar as áreas de restrição, em especial, as novas contidas na proposta. De acordo com o secretário Jilmar Tatto, existem condições de iniciar o novo perímetro a partir de abril, mas a ideia é primeiramente adotar a fiscalização educativa nos novos pontos, sem autuações e orientar os motoristas.

Um novo tipo de sinalização será implantado na cidade para indicar vias arteriais onde a circulação será alterada