Siga-nos

Urbanismo

Ricardo Jafet sofre com alagamentos na semana

Publicado

em

Duas vezes nesta semana, a região de Vila Mariana, Saúde, Jabaquara e Cursino sofreram com a falta de energia elétrica (veja matéria nesta página), alagamentos, queda de árvores, semáforos desligados. Tempestades fortes a cada dia, com vendaval, chuva intensa e queda de granizo, foram registradas nos dias 12, 13 e 14. O córrego do Ipiranga transbordou duas vezes, nos dias 12 e 14.
Na segunda-feira, o córrego do Ipiranga registrou extravasamento às 17h15 na altura da avenida Professor Abraão de Morais com a rua General Chagas Santos. Às 18h, a via ainda estava intrasitável mas, uma hora depois, equipes da Subprefeitura da Vila Mariana avaliariam os impactos no local, o volume de água já havia baixado e não foram registrados danos materiais na região, de acordo com a Prefeitura. Cerca de dez pessoas iniciaram o serviço de limpeza na região às 19h40.
A Prefeitura alega que, para a área, estão previstos a realização de obras de canalização de córrego com a construção de um reservatório, ampliação e adequação hidráulica da Lagoa Aliperti, ampliação do canal do Ipiranga desde o viaduto Aliomar Baleeiro até a avenida Bosque da Saúde. Também estão dentro do pacote a construção de canal extravasor desde a Lagoa Aliperti até o reservatório junto às alças do viário do Viaduto Aliomar Baleeiro.
Por conta das chuvas, o CGE decretou às 15h15 estado de atenção para alagamentos nas zonas sul, sudeste, leste e marginal Pinheiros. Essas regiões retornaram ao estado de observação às 18h. As regiões norte, oeste, centro e a marginal Tietê tiveram o estado de atenção decretado às 16h05 e retornaram para observação às 17h38.
Árvores
Até as 18h da segunda-feira (12), o Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI) registrava 58 quedas de árvores provocadas, segundo a Prefeitura, por ventos fotes de 85km/h na região do Aeroporto de Congonhas.
A meta de 1% vale para agosto de 2015, data de conclusão da maior reforma da rede semafórica já realizada em São Paulo. Atualmente, em dias chuvosos, esse índice pode chegar a 2%, porém a situação difere drasticamente do passado recente, pré-reforma, quando temporais fortes ocasionavam a quebra simultânea de até 400 semáforos, com longo prazo de conserto. Hoje, a recuperação é feita em horas, com exceção para falta de energia de duração que ultrapassa a capacidade dos nobreaks.
Segundo a CET, todas as equipes de manutenção estão nas ruas para fazer a manutenção nos cruzamentos. Nos locais de maior fluxo, o monitoramento é realizado manualmente por agentes.
Na quarta-feira, 14, a cidade registrou fortes chuvas com quedas de granizo e o córrego Ipiranga voltou a transbordar, no cruzamento da avenida Tereza Cristina com a rua Tabor. Por conta disso, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) decretou estado de alerta na subprefeitura do Ipiranga às 19h27. A situação só foi normalizada 20h05.
Outras 54 árvores caíram na cidade na quarta-feira, de acordo com o Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI), Com as chuvas que atingiram a cidade, cerca de 1,5% dos mais de 6.000 semáforos apresentaram algum tipo de falha até as 20 horas.

 

Árvore de grande porte caiu na rua Morgado de Matheus, na Vila Mariana
na segunda-feira, dia 12, derrubando dois postes e atingiu três veículos.

 

Constantes problemas de falta de energia causam transtornos e revolta na região

Às 20h30 de ontem, dia 15, cerca de 170 mil pessoas ainda estavam sem energia elétrica na cidade de São Paulo e, em seu informe à imprensa, a AES Eletropaulo informava que “equipes trabalhavam no restabelecimento da energia”.
A concessionária esta semana foi alvo de uma enxurrada de críticas por conta da demora no restabelecimento do serviço em vários bairros e pela demora nos canais de atendimento ao cliente. Vila Clementino, Mirandópolis, Vila Mariana, Saúde, Moema e outros vairros sofreram com a falta de energia elétrica em diferentes datas. Em vários pontos, a energia chegou a faltar por mais de 24h.
A noite do dia 12, segunda, foi a mais crítica na região. Segundo a concessionária, a tempestade trouxe 8 mil raios e ventos de 85 km/h à cidade, o que teria impactado fortemente a rede elétrica. Cerca de 800 mil pessoas ficaram sem energia elétrica. Segundo a nota, a tempestade desta semana foi “ainda mais forte do que a chuva registrada no dia 29 de dezembro, quando 500 mil clientes ficaram sem energia na área de concessão da AES Eletropaulo”.
A maioria destes 800 mil clientes estavam em ruas dos bairros como Brooklin, Campo Belo, Moema, Ibirapuera, Morumbi e Butantã, nas zona sul e oeste da cidade.. A queda de árvores de grande porte sobre a rede elétrica, não só rompendo cabos, como também quebrando e derrubando postes, seria uma das principais explicações para a falta de energia. Segundo a empresa, durante a chuva, 96 circuitos, dos 1750, desligaram simultaneamente. Por volta das 22h30, 46 deles já haviam sido religados.
A empresa ainda admitiu, em nota, que, por conta deste cenário, houve congestionamento nos canais de atendimento ao cliente.
Nos dias seguintes, 13 e 14, houve novas tempestades, inclusive com queda de granizo. Trechos de bairros de Mirandópolis não atingidos pela falta de energia na segunda, 12, ficaram desta vez sem o fornecimento. Em pontos da Zona Oeste, como o Butantã, algumas ruas estão há três dias sem luz elétrica.


Advertisement
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


© 2024 Jornal São Paulo Zona Sul - Todos os Direitos Reservados