Siga-nos

Trânsito

Respeito aos pedestres diminuiu?

Publicado

em

Ao circular por toda a cidade não está difícil perceber o que alguns moradores da região estão apontando: caiu o respeito de motoristas à travessia de pedestres. Depois da implantação do Programa de Proteção ao Pedestre, em 2011, pessoas que caminham pela cidade ganharam mais confiança para cruzar vias sobre as faixas de segurança. Há quem acredite que a fiscalização mais intensa e presença de agentes da CET no início do processo garantiram a atuação mais respeitosa de quem estava atrás do volante.
No entanto, essa obediência à lei de trânsito, que prevê prioridade ao pedestre, está caindo novamente. Em alguns pontos da região, na verdade, os leitores garantem que ela nunca existiu. É o caso do cruzamento da Rua das Orquídeas com a Avenida Senador Casemiro da Rocha. “Aqui não vai adiantar fazer campanha. Tem é que colocar um semáforo para facilitar a travessia”, diz uma moradora do bairro que prefere não ter seu nome publicado. A leitora, que tem 62 anos, conta que tem dificuldade diariamente para fazer a travessia. “O movimento é intenso e os carros nunca param”, diz.
A leitora tem razão. Além dos veículos que sobem e descem a avenida em alta velocidade – inclusive ônibus – há ainda aqueles que vem da rua transversal, a Orquídeas, e não esperam os pedestres para fazer a conversão. O local já tem faixa de pedestres, mas não parece ser suficiente para ganhar o respeito dos motoristas.
Outro ponto que já foi alvo de matéria do jornal São Paulo Zona Sul está no final da rua Machado Bittencourt, no ponto em que encontra com a Rua Borges Lagoa. Ali, especialmente nos horários de pico do trânsito, os motoristas têm dificuldade em fazer a conversão para a Rua Borges Lagoa, por conta do congestionamento. A existência de um ponto de ônibus, onde há até parada de biarticulados, próximo à esquina, dificulta ainda mais a entrada dos veículos na via. Como a Machado Bittencourt termina ali, os motoristas ficam inevitavelmente sobre a faixa. Os pedestres, por sua vez, precisam se aventurar entre os carros para conseguir fazer a travessia. A CET já se prontificou a mandar equipes para o local, mas até agora nada mudou.
Também o leitor Flávio Soares de Oliveira se queixa da insegurança para pedestres na região. Ele acredita que deveria ser implantada uma faixa nas proximidades do número 565 da Rua Humberto I, na Vila Mariana. Segundo o leitor, ali existe uma padaria e um hortifruti de grande movimento. O resultado é que há sempre pessoas fazendo a travessia de forma perigosa.
Local
A CET anunciou na semana passada a implantação de um programa para que as demandas de cada comunidade sejam mais ouvidas. O programa CET no seu Bairro deve chegar a 70 diferentes bairros ainda este ano, mas ainda não há definição completa do cronograma e a região de Vila Mariana, Saúde, Jabaquara ou Ipiranga não estão entre as primeiras selecionadas para o projeto. Segundo a CET, a escolha dos locais é feita a partir do cruzamento de informações vindas da CET, das Subprefeituras e de demandas da população por meio do telefone do Trânsito, 1188, e da Gerência de Relacionamento com os Munícipes, da Companhia. Nos sete primeiros bairros, há 562 pedidos de sinalização registrados.
Outro fator que baliza a seleção de um bairro é o trabalho desempenhado pela equipe de assessores comunitários da CET. São 28 funcionários que atuam, diariamente, nas áreas das 32 subprefeituras ouvindo a população.

 

 

Advertisement
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


© 2024 Jornal São Paulo Zona Sul - Todos os Direitos Reservados