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Resistir ao consumismo é desafio diário

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Desenvolvimento sustentável é um desafio do mundo atual. É preciso garantir produção e consumo, geração de negócios, ao mesmo tempo em que é fundamental que essa atividade industrial não extrapole a capacidade de recuperação da natureza e nem gere mais resíduos do que pode suportar o plante.

Ao mesmo tempo, a velocidade da vida urbana pede rapidez no preparo das refeições, agilidade na hora de deixar a casa limpa e organizada, facilidade no escritório para oferecer café e água para visitantes…

Como conciliar esse ritmo intenso com a preocupação de não consumir muito plástico e nem perder a saúde consumindo apenas alimentos ultraprocessados?

Várias iniciativas atuais mostram que parte da população mundial está preocupada em retomar contato com a natureza e reduzir sua “pegada ambiental”.

Ao aceitar o desafio de reduzir a quantidade de lixo produzido em uma casa, cada família pode perceber o quanto desperdiçava de recursos naturais e até mesmo o quanto gastava de dinheiro sem necessidade.

Ao encaminhar materiais recicláveis para a coleta seletiva, pode perceber também o quanto gera de embalagens por recorrer a itens não naturais: a caixinha de suco em lugar da fruta natural, a caixa de chocolates em lugar do doce caseiro, o legume já picado fornecido em uma embalagem de isopor em vez de comprado direto da feira e trazido em sacola reaproveitável…

Outra ação fundamental é separar tudo que for reciclável em casa: metais, plásticos, papeis e vidros. Todas as embalagens e objetos feitos desses materiais podem ser colocados em uma única embalagem e encaminhados por meio da coleta seletiva, que nas zonas sul e leste da capital é feita pela concessionária Ecourbis Ambiental. Para saber o horário em que a coleta é feite am sua rua, basta acessar: https://ecourbis.com.br/coleta/index.html

Menos lixo

Na casa da família Paro Viana, na Vila Mariana, há uma preocupação crescente com essa geração de lixos.

No passado, viviam cinco pessoas na casa: o pai, Antonio Paro, que trabalha com Compliance em Corretoras Financeiras; a mãe, Zaira, psicóloga; e os três filhos: Ana Cláudia, Bruno Ricardo e Maria Luiza.

Hoje, só Malu, estudante de 20 anos, permanece na casa com os pais. Essa redução no número de pessoas e também a crescente conscientização têm se refletido na mudança de hábitos.

Eles têm, por exemplo, uma máquina de café expresso. Mas, perceberam que as cápsulas usadas no equipamento são de difícil reciclagem e reduziram seu uso. Até café para moer a família já está adotando, ou buscam cápsulas reutilizáveis.

Há muitos anos, a família separa os recicláveis para encaminhar à coleta seletiva, obviamente, mas cada vez mais buscam ir além, com redução da geração de lixo e reaproveitamento de tudo que for possível.

Preferem, por exemplo, fazer compras mais vezes, para garantir diversidade sem gerar muito lixo. “Fazemos feira cerca de três vezes na semana, para variar e evitar sobras. Compramos sempre em pequena quantidade de cada coisa”, conta a psicóloga Zaira Viana Paro.

Criatividade

Ela ainda apela à criatividade – e ao congelador – para evitar desperdício e geração de lixo. “Tenho hábito de congelar temperos e sobras de pratos já processados e depois inventar receitas diferentes com as sobras. Uma sobra de arroz pode virar um risoto, uma porçãozinha de legumes já cozidos são acrescidos de ovos e se transformam em omelete”, conta.

Na casa da Vila Mariana, outro hábito importante é o de tomar sucos in natura: limão, laranja, manga, morango e outras frutas que estão muito maduras se transformam em vitaminas ou sucos. O único industrializado que entra na casa é o de uva, mas a família dá preferência à embalagem de vidro, que pode ser reaproveitada como garrafa de água ou até se transformar em um vaso.

A família também tem buscado hábitos mais saudáveis na alimentação. Evitam a margarina e têm trocado o leite de vaca pelo de soja.

Destino certo

Roupas em bom estado são doadas para a Igreja ou vendidas pela internet. Eletrônicos são descartados da maneira correta. Por meio de um aplicativo de celular, eles entram em contato com uma rede de catadores que retiram de tudo – restos de jardinagem, entulho, móveis velhos – e são cadastrados para evitar a destinação incorreta do material.

Natureza

Caçula de três filhos – todos já adultos – Malu tem buscado conciliar a vida corrida de estudos e trabalho sem deixar de lado a preocupação com meio ambiente.

“Se a gente não presta atenção, logo está consumindo muito plástico: copinhos descartáveis no trabalho, canudos na lanchonete com os amigos”, diz ela, explicando que está buscando mudar os hábitos mesmo quando está fora de casa.

Outra preocupação da estudante é com os eletrônicos. Se eles são inevitáveis e vão inclusive fazer parte de sua vida profissional, já que ela estuda para trabalhar com Audiovisual, que sejam bem utilizados e em defesa do meio ambiente. “Acho que o segredo está no equilíbrio”, garante a jovem, que tem buscado cada vez mais o contato com a natureza em seus horários de folga.

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