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Recicle suas ideias em 2024

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Toda virada de ano, renovam-se as energias e as pessoas costumam usar a máxima do “Ano Novo, Vida Nova”. Em se tratando de qualidade de vida e preservação ambiental – dois conceitos altamente conectados – há realmente algumas perspectivas que devem ser valorizadas, por meio de mudanças simples de atitude e novas formas de encarar a rotina e a cidade onde vivemos. 

O ponto principal é que se deve buscar um equilíbrio entre responsabilidade sócio-ambiental e a rotina de quem vive em uma grande cidade, de forma acelerada e já com tarefas domésticas constantes. Ou seja, é preciso simplificar esse cotidiano, mas não se pode esquecer a importância de contribuir para a limpeza urbana, a preservação ambiental e até a geração de renda de famílias mais vulneráveis.

Algumas dicas básicas vão facilitar a vida de quem quer que 2024 se torne um ano para reciclar ideias e atitudes, modernizando sua postura de cidadão da maior metrópole do país ao mesmo tempo em que torna sua própria vida mais organizada.

Não existe “jogar fora”

Uma ideia que ainda povoa a mente de muitos moradores de metrópoles como São Paulo e que precisa ser modificada em prol de melhor qualidade de vida para todos é a de que não têm responsabilidade sobre a limpeza urbana. Há ainda pessoas que acreditam que só porque não jogam lixo pelas ruas estão já “fazendo sua parte”.

Claro que é básica a postura de não deixar cair nenhum pedaço de papel nas calçadas, mas tudo que geramos como lixo é prejudicial ao meio ambiente.

Acima de tudo, é importante lembrar que não existe “jogar fora”. A responsabilidade pelo descarte correto é de todos nós, já que o “lixo” ocupará espaço na cidade, a menos que seja efetivamente reciclado.

A geração de resíduos e o posterior encaminhamento adequado são responsabilidade compartilhada entre indústrias, comércio, poder público e cidadão – todos precisam evitar a geração e responder pelo descarte.

Separe o lixo em dois

Muita gente ainda tem a noção equivocada de que “o caminhão de recicláveis mistura tudo”. São pessoas que separam o lixo doméstico por tipo de material – o metal vai em um recipiente, o papel em outro, o plástico em um terceiro e finalmente o vidro.

Mas, a verdade é que esse trabalho não é necessário para garantir o encaminhamento para a reciclagem. Na capital paulista, há centrais de triagem mecanizadas – como a Carolina Maria de Jesus, na zona sul paulistana – e cooperativas de catadores que fazem exatamente esse trabalho de separação.

Ou seja, na rotina cotidiana, basta separar o lixo em dois: o reciclável e o não reciclável. Ao chegar às cooperativas ou à CMT, o material reciclável será, aí sim, separado por tipo e então encaminhado para os processos que garantirão o reaproveitamento em novos produtos.

Já o lixo comum vai para aterros. Por isso mesmo é muito importante reduzir o volume. E como se faz isso? Diminuindo o desperdício de alimentos e não enviando recicláveis.

Nas zonas sul e leste da cidade, tanto a coleta seletiva quanto a coleta tradicional são serviços prestados pela concessionária Ecourbis Ambiental. A empresa é também responsável pelo gerenciamento da Central Mecanizada de Triagem de recicláveis Carolina Maria de Jesus, em Santo Amaro.

Para saber a data e o horário em que cada tipo de coleta acontecem na rua onde mora, basta acessar http://ecourbis.com.br/coleta/index.html.

Cuide dos recicláveis

Quando separamos o lixo em recicláveis e resíduos comuns é essencial lembrar: não coloque papel engordurado ou qualquer outro tipo de resíduo junto ao material reciclável.

Assim, a caixa de pizza, por exemplo, pode ter a tampa reciclada, mas a base, que fica engordurada pelo alimento, deve ser descartada no lixo comum.

Outros recipientes e embalagens – como caixinhas longa vida de leite e suco, latinhas de molho ou conservas, potes plásticos de iogurte e sorvete, garrafas de vidro ou pets… tudo isso deve ser enxaguado antes de colocado para a coleta seletiva.

Todo o material será higienizado e lavado no processo de reciclagem, mas esse enxágue rápido garante melhores condições de trabalho aos catadores.

Após a separação dos recicláveis, lembre-se de acondicionar o material corretamente em sacos plásticos resistentes. Evite caixas de papelão que podem ser danificadas em caso de chuva.

Aliás, em dias de temporais, o ideal é aguardar o tempo melhorar antes de dispor o lixo na calçada para a coleta, evitando que seja levado pela enxurrada e comprometa a capacidade de escoamento das galerias subterrâneas da cidade.

Resultados e diferença

Está igualmente equivocado quem diz que a separação de recicláveis, a redução de geração de resíduos não fazem diferença em termos sócio-ambientais.

Em poucos anos, a cidade pode ficar sem espaço para receber lixo, ou seja, os aterros sanitários têm seus dias contados.

Atualmente, estimativas apontam que 40% do que vai para o aterro todos os dias – e são milhares de toneladas diárias – poderia ser reciclado e apenas não é porque a população deixa de fazer essa separação tão simples. Quando o esgotamento do espaço dos aterros se confirmar, a cidade terá que pagar para “exportar” o lixo. Além do custo direto em verba pública, isso ainda representa dano ambiental pelo trajeto maior e mais custoso que os resíduos terão até o destino final.

Vale ainda destacar que a separação e venda de recicláveis é feita por cooperativas de catadores e representa renda para centenas de famílias na capital, com impacto social importante e que acontece graças à simples atitude cotidiana doméstica de separar o material reciclável dos detritos comuns.   

Boas novas ideias

E já que o assunto é se reciclar para encarar o novo ano, há algumas boas ideias que podem facilitar a vida ao mesmo tempo em que contribuem para uma cidade mais limpa e humana, com menor geração de resíduos e reciclagem ampliada.

Reduzir ou, preferencialmente, parar de fumar contribui para a proteção ambiental de várias formas, já a partir do plantio do tabaco, danoso à natureza e trabalhadores. Mas, além disso, gera menos lixo diário, reduz atendimentos em saúde pública e promove economia doméstica.

De qualquer forma, se ainda fuma, leve na bolsa um pote reaproveitado para guardar as bitucas, nunca jogue-as ou a qualquer outro resíduo pelas ruas.

Tenha sempre sacolas retornáveis na bolsa ou no carro, para conseguir recusar sacolinhas plásticas no comércio. Recusar, aliás, é um verbo importante: diga não a brindes inúteis, papéis que vão direto para o lixo.

Evite também o plástico de uso único: canudos, mexedores de café, copos e outros descartáveis.  Adote o guardanapo de pano, a bucha vegetal,

Deixe embalagens descartáveis de molho na pia e, enquanto lava a louça, aproveite para enxaguar e tirar sujeiras mais difíceis. Assim economiza água, tempo e contribui para higienizar os recicláveis antes da triagem.

Doe aquilo que não vai usar mais e que esteja em bom estado a instituições assistenciais.

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