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Reciclar evita destruição da natureza

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Defender o processo de reciclagem é bem fácil. São muitas as vantagens, ao mesmo tempo em que pode-se dizer que o trabalho envolvido no ambiente doméstico para separar o que é reciclável do lixo comum é bastante simples. Mas, mesmo assim, muitos ainda não se engajaram no processo, que pode gerar benefícios para o planeta, para as futuras gerações – nossos filhos e netos! -, para a sociedade, para a limpeza urbana, para a saúde da população e até para a economia doméstica. Ao fazer a separação do lixo em dois – comum e reciclável – as famílias passam a notar quanto material deixa de ser enviado para o aterro sanitário e ocupam espaço, reduzindo a vida útil desse equipamento público de alto custo.

Em São Paulo, participar da coleta seletiva é muito simples. Em bairros como a Vila Mariana, o caminhão verde especial para esse tipo de serviço passa duas vezes por semana. Em outros bairros, uma vez por semana. O serviço é prestado pela concessionária Ecourbis Ambiental, bem como a coleta tradicional. No site www.ecourbis.com.br, na aba “Horário de Coleta”, há informações sobre os dias e horários em que os serviços são realizados em cada rua podem ser obtidas, bastando digitar o CEP ou endereço completo, com número
E em toda zona sul há contêineres espalhados pelas ruas, nos ecopontos e Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) em praças e outras áreas públicas para que o próprio cidadão possa levar seu material reciclável.

Esse material será separado pela Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus, também operada pela Ecourbis, em Santo Amaro, ou separado em cooperativas credenciadas, gerando renda para centenas de famílias que nelas atuam.

Ao pensar em reciclagem, além de todos os benefícios urbanos, porém, é preciso vislumbrar também as vantagens para o planeta. A preservação da natureza depende da redução de resíduos, com menor geração em primeiro lugar, é bem verdade. A reciclagem, entretanto, é essencial num mundo em que a individualização de embalagens faz parte da vida moderna cotidiana, garante mais higiene aos produtos, porções mais adequadas às famílias modernas, praticidade…

Nesse cenário, é essencial considerar números. A alta produção de garrafas pet, potes plásticos, vidros dos mais diferentes formatos para embalagens (bebidas, azeites, compotas…), latinhas de alumínio para bebidas ou de ferro para compotas, enfim, o material usado especialmente para embalagens precisa voltar à cadeia econômica.

Por que? Porque ao reciclar a embalagem e transformá-la ou em uma nova embalagem ou qualquer outro produto, evitam-se novas extrações de matéria prima, desmatamento, gastos de água e energia, sem falar nos processo de transporte e consumo de combustível.

Produtos que usamos e descartamos no dia-a-dia podem ser reciclados e dessa forma não ocuparão espaço nos aterros e não haverá demanda por mais extração de matéria prima na natureza. Sem falar que os itens incorretamente descartados levariam dezenas, centenas, muitas vezes milhares de anos para decompor naturalmente.

Os números alteram conforme o estudo, mas o fato é que fazer a coleta seletiva evitará danos à natureza.

Confira alguns estudos da ong WWF nesse sentido:

Papel

A cada 28 toneladas de papel reciclado, evita-se o corte de 1 hectare de floresta (uma tonelada evita o corte de 30 ou mais árvores);

A produção de uma tonelada de papel novo consome de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil KW/h de energia. Já uma tonelada de papel reciclado consome 1.200 Kg de papel velho, 2 millitros de água e 1.000 a 2.500 KW/h de energia;

A produção de papel reciclado dispensa processos químicos e evita a poluição ambiental: reduz em 74% os poluentes liberados no ar e em 35% os despejados na água, além de poupar árvores;

A reciclagem de uma tonelada de jornais evita a emissão de 2,5 toneladas de dióxido de carbono naatmosfera;

O papel jornal produzido a partir das aparas requer 25% a 60% menos energia elétrica do que a necessária para obter papel da polpa da madeira.

Metais

A reciclagem de 1 tonelada de aço economiza 1.140 Kg de minério de ferro, 155 Kg de carvão e 18 Kgde cal;

Na reciclagem de 1 tonelada de alumínio economiza-se 95% de energia (são 17.600 kwh para fabricar alumínio a partir de matéria-prima virgem, contra 750 kwh a partir de alumínio reciclado) e 5 toneladas de bauxita, além de evitar a poluição causada pelo processo convencional, reduzindo 85% da poluição do ar e 76% do consumo de água;

Uma tonelada de latinhas de alumínio, quando recicladas, economiza 200 metros cúbicos de aterros sanitários;

Vale lembrar que que 96% das latas no Brasil são recicladas, superando os índices de países como o Japão, Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal. Entretanto, este número pode chegar próximo a 100% dependendo de suas atitudes!

Vidro

O vidro é 100% reciclável, portanto não é lixo: 1 kg de vidro reciclado produz 1 kg de vidro novo;

As propriedades do vidro se mantêm mesmo depois de sucessivos processos de reciclagem, ao contráriodo papel, que vai perdendo qualidade ao longo de algumas reciclagens;

O vidro não se degrada facilmente, então não deve ser despejado no solo;

Em seu processo de reciclagem, o vidro requer menos temperatura para ser fundido, economizando aproximadamente 70% de energia e permitindo maior durabilidade dos fornos;

Uma tonelada de vidro reciclado evita a extração de 1,3 tonelada de areia, economiza 22% no consumo de barrilha (material importado) e 50% no consumo de água.

Plásticos

Todos os plásticos são derivados do petróleo, um recurso natural não renovável e altamente poluente;

A reciclagem do plástico economiza até 90% de energia e gera mão-de-obra pela implantação de pequenas e médias indústrias;

Cem toneladas de plástico reciclado evitam a extração de uma tonelada de petróleo.

Evite os não recicláveis

É bem verdade que a realidade atual de mercado no planeta demanda urgência no aumento da da coleta seletiva e ampliação contínua com avanços tecnológicos dos processos de reciclagem desses quatro materiais.

Atualmente, há estudos para aprimorar processos e garantir que embalagens que atualmente não são separadas na coleta seletiva possam ter algum meio de serem recicladas.

É o caso, por exemplo, das embalagens com interior laminado, como as de muitas bolachas, salgadinhos industrializados. Há até formas de reciclar, mas muito caras e não valem a pena nem para os catadores nem para a indústria.

As garrafas de vidro long neck são outro problema atual do varejo. Muitos consumidores preferem esse tipo de embalagem, mas elas ainda não têm um processo viável economicamente de reciclagem.

Assim, o ideal é evitar o consumo desses produtos. Vale destacar que em geral eles envolvem itens não muito saudáveis. E as bebidas vendidas em garrafas long neck são também ofertadas em latinhas de alumínio, que têm alta reciclabilidade.

O isopor é outro bom exemplo de material muito difundido em embalagens – seja para a entrega de refeições, seja para ofertar hortifrutis, carnes e outros produtos frescos.

Embora até existam processos para reciclar esse tipo de plástico, ele é não está popularizado, por conta do custo e, na outra ponta, falta de interesse das equipes de catadores e cooperativas de recicláveis. Evite, portanto.

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