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Urbanismo

Quem vai evitar uma tragédia em prédio invadido no Jabaquara?

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Como surge uma comunidade? A pergunta foi feita tempos atrás por um leitor do jornal São Paulo Zona Sul, preocupado com o cenário que vê diariamente na Avenida Engenheiro George Corbisier, no Jabaquara. Apesar de ser uma das avenidas mais movimentadas do Jabaquara, localizada perto da Subprefeitura local, da sede da delegacia e da companhia da Polícia Militar no Jabaquara, a via passou a abrigar uma nova favela na região, sem que nenhuma providência fosse tomada.
A situação é efetivamente complexa. Uma antiga fábrica de produtos eléticos foi à falência e o prédio sede, no número 1651 da George Corbisier, ficou abandonado. “Pessoas passaram a levar coisas do prédio como portas, janelas e outros objetos, só ficando o “esqueleto” e o mesmo passou a ser refúgio de algumas pessoas que recolhiam sucatas e guardavam os seus carrinhos no local”, conta o morador do Parque Jabaquara, que viu a situação se agravar dia a dia.
Mas, foi por pouco tempo que o imóvel serviu apenas de abrigo provisório a carroceiros. Aos poucos, famílias foram chegando e se instalando ali. “Começaram a construir paredes e mais paredes dentro do imóvel e, se continuar no ritmo atual, logo todo o terreno (que se estende até a ruas dos Buritis) estará totalmente tomado”, relata.
Ele se preocupa porque já conhece outras histórias de final trágico e que tiveram início similar à situação que se vê no Jabaquara. “O poder público faz vistas grossas para o problema, em vez de enfrentá-lo logo no início. Os pobre coitados compram material de construção e depois quando chega a ordem judicial, tudo é posto abaixo, podendo se transformar, inclusive, num novo Pinheirinho”, compara.
O morador ainda acredita que muitos dos que vivem ali saíram de outro “esqueleto” que ficou ocupado por anos no Jabaquara, a poucas quadras dali. “Depois de tanta “briga” para desalojar as pessoas dos dois prédios invadidos na rua Cruz das Almas com rua dos Buritis parece que nada foi feito de efetivo para a conclusão e entrega dos prédios aos seus legítimos compradores. Acho que estão esperando invadir novamente”, analisa, referindo-se a dois prédios inacabados por conta da falência da construtora e que acabaram ocupados por famílias sem teto. Foram necessários anos para que a situação se resolvesse judicialmente e as famílias fossem removidas – apesar de todo risco que corriam ocupando edifícios inacabados.
O jornal São Paulo Zona Sul procurou a Prefeitura para comentar o caso há um mês, questionando se havia possibilidade, por exemplo, de desapropriar a área e desenvolver ali algum projeto habitacional. Até porque, a região é carente de moradias e terrenos para viabilizar a Operação Água Espraiada. Mas, não houve resposta. Também não foi divulgada nenhuma ação ou medida preventiva para impedir novas invasões no local…

 

Antiga fábrica falida teve prédio invadido e ocupado por famílias. Vizinhos relatam que invasões continuam, mas nenhuma medida é tomada para evitar conflitos futuros

 

 

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2 Comentários

2 Comments

  1. Cristina

    30 de agosto de 2012 at 11:57

    Referente a reportagem do dia 13/07/2012 sobre o prédio invadido, a prefeitura foi avisada por várias pessoas,nada fez…agora a empresa Paratodos de onibus da Rua Genaro de Carvalho,65; saiu do local e se mudou para a Estrada do Alvarenga,alegação que dizem que irá passar uma avenida…. as obras nem começaram e já tiraram a empresa. No segundo dia a Rua Genaro de Carvalho, foi assaltada duas vezes, eu mesma fui perseguida por um drogado na manhã de domingo, as 8:00hs quando ia buscar pão, voltei para casa. Os bares que existiam enfrente a empresa fecharam e já rumores de invadirem o local para moradia…. o que fazer?????? A prefeitura nada faz, mas voto pede, além de usar o terreno enfrente as ruas Jupatis e Genaro de carvalho, para jogar entulho da ciade, foi de lá que saiu o drogado, um não,existe vários morando lá no terreno e nada é feito. Espero que façam algo por este pedaço de ruas, por está difícil e perigoso morar aqui. Grata.

  2. Rodrigo Macedo

    5 de fevereiro de 2013 at 12:00

    Bom dia!
    Eu mesmo ligue para a PMSP para denunciar este prédio e avaliação dos fatos, pois morava em frente e observei lixo, crianças e animais vivendo de forma inadequada e com possibilidade de risco para sociedade ao redor.
    O jornal não consegue levar isso para nossa sub prefeitura?
    Acho que tenho algumas fotos antigas caso necessário.

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