Qual a relação entre obesidade e meio ambiente?

VOCÊ SABIA?

Enquanto a fome ainda é um problema grave no mundo, um terço dos alimentos produzidos é jogado no lixo. Enquanto a obesidade se torna uma epidemia, continua avançando a subnutrição de comunidades carentes e distantes dos centros urbanos. Se na década de 1970, o brasileiro tinha pouco acesso à alimentação, hoje a quantidade aumentou mas a qualidade caiu. Essas contradições estão relacionadas à falta de equilíbrio entre produção e consumo, entre trabalho e lazer. Sustentabilidade e preservação do meio ambiente pressupõem menor geração de resíduos e aproveitamento integral dos alimentos, uso adequado do solo e redução de defensivos agrícolas no processo, seres humanos mais saudáveis e em contato com a natureza, em detrimento do consumo exacerbado de aparelhos eletroeletrônicos e energia elétrica. Mas, como modificar hábitos?
Em novembro, o Ministério da Saúde lançou um Guia Alimentar para a População Brasileira, publicação disponível para download gratuito em http://goo.gl/qVhxFe. Há também versão impressa distribuída nas unidades de saúde de todo o país. A ideia é contribuir para a redução da obesidade e consequentemente impedir o avanço de doenças crônicas no país. A publicação prioriza uma alimentação caseira, com consumo de alimentos frescos, como frutas, carnes e legumes, e minimamente processados, como arroz, feijão e frutas secas. A obesidade é considerada fator de risco para doenças crônicas como diabetes e hipertensão e para alguns cânceres.
O guia é uma atualização da publicação lançada em 2006 e acentua a importância da alimentação caseira, com regularidade de horários, ambientes apropriados, sem televisão, celular ou discussões de trabalho. A pasta aconselha ainda que alimentos ultraprocessados, como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes, assim como produtos prontos, como sopas de pacote, pratos congelados e molhos industrializados sejam evitados. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens também é essencial.