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Quais as suas promessas para 2012?

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Com a psicoterapia, podemos descobrir que somos muito exigentes com nós mesmos. Há uma diferença entre o “eu” ideal e o real…

Todo final de ano acabamos revendo nossa caminhada; onde tivemos superações, onde emperramos; onde conseguimos e onde desistimos. A partir daí, traçamos metas para o próximo (próximo mesmo!) ano.

Pergunto: que termos de comparação e que nível de expectativas temos sobre nós mesmos?

Essa nossa “avaliação anual” é comprometida pela falta de clareza que temos acerca de nós mesmos.

O EU ideal nos dita algumas expectativas que, no final das contas, acabam nos sabotando. O ideal é aquele que esperamos ser ou aquele que acreditamos que o mundo espera de nós. Conceito alimentado pela nossa fantasia de perfeição: cumprir todas as obrigações, pagar em dia todas as dívidas sempre, não incomodar ninguém, ajudar a muitos sempre, dar conta da casa, trabalho, filhos, marido/mulher, dos amigos, vizinhos, pais… (ufa!!!) Enfim; do mundo .

Já o EU real é quem somos, é a nossa versão mais atualizada de nós mesmos, nossos passos dados (mesmo que de formiga), nossas limitações, nosso “jeitinho” todo particular de resolver as “encrencas”, o modo que encontramos para caminhar pela vida.

É claro que o EU REAL , apreende, transforma, acrescenta e se adapta. Agora, precisamos saber disso conscientemente, senão, o nosso nível de expectativa e termos de comparação nunca corresponderão ao que é realmente possível.

É porque, por mais incrível que pareça, temos dificuldade em reconhecer nossas vitórias tanto quanto temos dificuldade de reconhecer nossas limitações. Tendemos a procurar culpados sem percebermos que a “culpa” paralisa e nos leva a continuar exatamente onde estamos.

Para sairmos da culpa precisamos urgentemente nos responsabilizarmos por nós mesmos e, então, crescer a passos mais largos. É aí que entra o nosso sub titulo…

 A Psicoterapia é um processo de autoconhecimento que requer um investimento grande por parte de quem a procura. Investimento de tempo, de energia, pois quebrar as barreiras da resistência em olhar mais profundamente para si mesmo.

Admitir que tudo o que acontece em sua vida é 100% responsabilidade sua requer muita força de vontade…

A relação que se estabelece entre paciente e terapeuta, muitas vezes, é a mais profunda e íntima que muitos de nós consegue ter ao longo da vida toda, mas entendo que é também um ensaio para que cada vez mais as relações fora do contexto psicoterápico sejam também verdadeiras e profundas.

É importante lembrar ainda que as “revisões e propostas” sempre serão positivas. Mas, tenhamos em mente que é tempo de compromisso, de crescimento e de honestidade em nossas relações.

Só assim poderemos realmente crescer e sair do jogo de dependência, em que sempre queremos ressarcimentos por tudo que faltou…

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