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projeto que preserva tatu canastra leva prêmio

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A mais antiga espécie de mamífero vivo sobre o planeta é um tatu que vive em terras brasileiras. O tatu-canastra (Priodontes maximus) é também chamado de tatu gigante porque pode atingir um metro e meio e pesar 50 quilos. Considerado um “fóssil vivo”, o animal foi observado através de “armadilhas fotográficas” armadas no cerrado brasileiro durante três anos.
O resultado deste trabalho acaba de ser reconhecido através do Prêmio Whitley de Conservação Ambiental, considerado o “Oscar Verde”.
Desenvolvido no Pantanal do Mato Grosso e conduzido pelo pesquisador francês Arnaud Desbiez, o projeto conquistou o Prêmio Whitley de Conservação Ambiental, concedido pela Fundação Whitley no dia 29 de abril.
A importância do estudo é que a definição dos hábitos de vida do mamífero gigante tem servido como um indicador para a criação de áreas protegidas pelo governo do Mato Grosso.
Os pesquisadores constataram que as tocas feitas pelo canastra ajudam a proteger mais de 24 espécies de vertebrados da região, servindo de abrigo, refúgio térmico, área de alimentação ou de descanso para bichos como jaguatiricas e pequenos roedores.
A rotina do animal foi objeto de investigação pelos especialistas do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê) e da Sociedade Zoológica Real da Escócia por três anos, com armadilhas fotográficas instaladas pelos pesquisadores Arnaud Desbiez e Danilo Kluyber. As imagens foram divulgadas na revista científica de biologia tropical e conservação chamada “Biotropica”.
Segundo Desbiez, o tatu-canastra é uma espécie que passa a maior parte do tempo sob a terra, em tocas que ele próprio constrói. Os buracos podem ter até cinco metros de profundidade e 35 centímetros de largura.
Por causa do projeto de conservação do tatu-canastra, o governo de Mato Grosso selecionou Além do troféu e da homenagem que receberam da princesa Anne, da Inglaterra, filha da rainha Elizabeth II, os vencedores ganharam, também, 35 mil libras esterlinas (cerca de R$ 160 mil) para dar continuidade ao trabalho de conservação e estender a pesquisa com o tatu-canastra para o bioma Cerrado. Além do Brasil, o gigante tatu-canastra também pode ser encontrado no Leste dos Andes, passando pela Colômbia e Venezuela, indo até o Sul do Paraguai e Norte da Argentina, além do Brasil.

 

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