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Meio ambiente

Produtos precisam ser saudáveis

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Humanidade tem investido cada vez mais em produtos e alimentos que podem fazer mal à sua saúde e reduzir qualidade de vida

Investir naquilo que traz prejuízos pode parecer contraditório ou até mesmo absurdo, mas estudos internacionais mostram que é exatamente o que ocorre, especialmente em países avançados e com alto nível de educação como os Estados Unidos. Está cada vez mais comum a compra de produtos que demandam mais comodidade e portanto menor esforço físico, ao mesmo tempo em que cresce a procura por alimentos de má qualidade. Um dos Dez Caminhos do Consumo Consciente indicados pelo Instituto Akatu, que é procurar “O Saudável nos produtos e na forma de viver”. Quinzenalmente, o jornal São Paulo Zona Sul está mostrando cada um desses caminhos e buscando refletir sobre as implicações ambientais e pessoais deles.
Para que a humanidade no futuro não perca a saúde, precisa rever seus conceitos de qualidade de vida. A postura sedentária, fechada no ambiente doméstico e tomada pelo consumo de alimentos altamente processados ou fast food traz fortes implicações na saúde, assim como é prejudicial ao meio ambiente. A geração de resíduos e gastos de energia ou água é muito maior tanto quando se compram em excesso desde aparelhos eletrônicos.
Em junho, a Revista Ophtalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, publicou interessante estudo apontando o que muitos especialistas já observavam na prática: os casos de miopia tem aumentado e vão “explodir” na próxima geração. Não há uma causa definida e comprovada para a miopia, mas os oftalmologistas já sabem que o excesso de contato visual com coisas próximas, a falta de prática de atividades ao ar livre e o consumo de muito carboidrato tem provocado o aumento dos casos. O professor titular de Oftalmologia da Unifesp, Rubens Belfort Jr, conta que a Escola Paulista de Medicina estuda o tema desde a década de 1950 quando seu pai, também oftalmologista, verificou que não havia um caso sequer de miopia na população indígena do Xingu. Cinco décadas depois, havia grande incidência, por conta da chegada da escola e mudança de hábitos alimentares e de contato com o ar livre. Estima-se ainda o agravamento do quadro com a exposição, cada vez mais precocemente, de crianças ao contato com aparelhos como tablets e celulares.
Outra pesquisa desenvolvida pelo Instituto Gallup, em 2013, mostrou que nos Estados Unidos, oito em cada dez pessoas admite comer em redes de fast food ao menos mensalmente e apenas 4% da população dizem não comer nas lanchonetes. A alimentação desregrada é apontada como forte motivo para a epidemia de obesidade vivida no país, que atinge dois de cada três americanos. No Brasil, o Ministério da Saúde está também preocupado: 51% da população acima de 18 anos está acima do peso ideal e 17% são obesos.

 

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