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Primeiro metrô circulou do Jabaquara à Saúde

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A Companhia do Metrô foi criada em abril de 1968, ainda como uma empresa municipal, da capital paulista. Seis anos depois, começaram as viagens testes até que, em 14 de setembro de 1974 o metrô abria suas operações, no trecho entre Jabaquara e Vila Mariana. Embora esse método de transporte público já fosse comum em outros países, no Brasil era uma novidade que atraiu milhares de pessoas à porta da estação Jabaquara – terminal até os dias de hoje – e autoridades. Até o presidente da República esteve presente. Mas, a curiosidade não era maior que o medo – houve necessidade de campanhas para convencer parte da população de que não era arriscado circular em trens por túneis subterrâneos. A própria Companhia do Metrô fez treinamentos com funcionários e população para garantir a segurança do novo sistema de transporte.

As obras haviam causado grandes transtornos ao comércio, especialmente ao longo do corredor formado pela Rua Domingos de Moraes e Avenida Jabaquara. Diferente das técnicas atuais, naquela época imensas valas eram abertas no meio da via que, já naquela época, reunia comerciantes que tiveram o movimento de consumidores bastante prejudicado.

O primeiro trecho a operar tinha apenas sete quilômetros, passando por sete estações, todas na zona sul de São Paulo: Jabaquara, Conceição, São Judas, Saúde, Praça da Árvore, Santa Cruz e Vila Mariana.

No início da sua operação, o Metrô funcionava de segunda a sexta-feira, das 9 às 13 horas, e fechava ao público nos fins de semana. Na época, a média diária de passageiros era de apenas 2.858 pessoas.

Novas inaugurações aconteceriam apenas no ano seguinte, quase seis meses depois, seriam inauguradas mais algumas paradas: Ana Rosa, Paraíso, Vergueiro e Liberdade. E, ao completar seu primeiro ano de operação, em setembro de 1975, o metrô atingiria a estação mais ao norte do primeiro projeto, Santana.

Mas, a maior de todas as estações, a Sé, só seria inaugurada em fevereiro de 1978, ou seja, três anos e meio após a inauguração. E até março de 1979, só a Linha 1 Azul continuou operando na cidade – foi quando o primeiro trecho da linha 3 – Vermelha passou a operar, conectando Sé ao Brás, já com 17 mil passageiros dia.

Início na Saúde

O começo da história da Companhia do Metrô, portanto, tem estreita relação com a região da Jabaquara, Vila Mariana e Saúde. As obras efetivamente se aceleraram em 1972

Ainda em 1972, depois de meses de treinamentos e testes, uma composição-protótipo de trem realizou a primeira viagem do Metrô entre as estações Jabaquara e Saúde.

E seis meses antes de começar a operar comercialmente, em 1974, o Metrô iniciou um programa de treinamento com seus futuros usuários.

Atualmente, a rede metroviária da cidade de São Paulo é composta por 6 linhas, totalizando 104,4 km de extensão e 91 estações, por onde passam mais de 5 milhões de passageiros diariamente. O Metrô de São Paulo é responsável pela operação das Linhas 1-Azul (Jabaquara – Tucuruvi), 2-Verde (Vila Prudente – Vila Madalena), 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera – Palmeiras-Barra Funda) e o Monotrilho da Linha 15-Prata (Vila Prudente – Jardim Colonial), somando 71,5 km de extensão e 63 estações. Pela rede administrada pelo Metrô, chegam a passar 4 milhões de passageiros diariamente.

A Linha 4-Amarela, com 12,8hm e 11 estações é operada pela Via Quatro em regime de PPP desde 2010. A Linha 5-Lilás passou a ser operada em regime de concessão pela Via Mobilidade em 04 de agosto de 2018. Tem 20 km e 17 estações.

Em 2017, a rede metroviária atingiu a marca de 1,3 bilhão de passageiros transportados, sendo que o Metrô de São Paulo foi responsável pelo transporte de 1,1 bilhão desses passageiros, destacando-se mundialmente pelos resultados obtidos na produção e na qualidade do serviço prestado no transporte público de passageiros sobre trilhos.

Atualmente, há obras em andamento em quatro linhas: Linha 2-Verde;  Linha 4-Amarela; Linha 15-Prata e Linha 17-Ouro, a mais complexa delas, com quase dez anos de atraso e várias interrupções no andamento dos trabalhos.

O metrô também desenvolve estudos para implantar as linhas 19 – Celeste e Linha 20 – Rosa.

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