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Preservar natureza gera qualidade de vida

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Sempre é tempo de mudar. Sempre é tempo de aprender coisas novas, buscar novos rumos.

A situação atual do planeta indica que é preciso entender essa necessidade de estabelecer mudanças nos hábitos.

Para que a humanidade consiga sobreviver no planeta, precisa aprender a equilibrar a geração de renda com consumo planejado, investir mais em experiências como viagens e passeios do que em objetos, que podem ser compartilhados.

Outra preocupação essencial é com a geração de resíduos – sejam eles recicláveis ou não. Como dizem ambientalistas, “o melhor resíduo é aquele que não é gerado”. A quantidade de lixo que sai de nossas casas semanalmente pode nos ensinar a ter um mundo melhor.

Como?

É no lixo que vemos o desperdício de comida, itens que estragaram sem sequer ir pra panela ou sobras de comida feita em demasia. Já nos recicláveis, percebemos a quantidade de descartáveis, plásticos, vidros, o excesso de embalagem.

E, claro, a reciclagem é importante, porque permite a volta daqueles materiais ao ciclo da economia, impede novas extrações de matéria do meio ambiente e ainda gera renda para famílias de catadores por todo o país.

A mesma lógica vale para qualquer outro produto que entra em sua casa: roupas, livros, eletrodomésticos e eletrônicos, tudo vai virar “lixo” um dia, por isso é importante estudar a durabilidade antes da compra e até mesmo saber como é feito o descarte.

Se a indústria se responsabiliza, se itens que compõem o produto serão reaproveitados ou reciclados…

Essa responsabilidade coletiva vai ajudar a construir uma economia mais sustentável e preservar o planeta para futuras gerações, reduzindo inclusive a chance de eventos climáticos extremos, muitos deles resultantes da poluição, das agressões aos recursos naturais.

Sempre atento

Morador do Jardim da Saúde, bairro residencial bem arborizado, Gabriel Gonçalves Oliveira sempre foi preocupado com questões ambientais.

A separação de itens recicláveis já é rotina na casa dele desde que ainda era necessário levar o material até pontos de coleta. “Imagine agora que é tão simples, a equipe de coleta seletiva passa todas as quartas-feiras aqui em casa”, conta.

Gabriel conta que fica triste, entretanto, quando vai deixar o saco de recicláveis na calçada, pouco antes da passagem do caminhão. Isso porque percebe que o engajamento é baixo, o seja, poucos vizinhos participam da simples tarefa de separar os resíduos domésticos: lixo comum e lixo reciclável.

Depois dessa separação em dois, basta checar a data e o horário de cada tipo de coleta – seletiva e comum. Nas zonas sul e leste da capital paulista, esses serviços são prestados pela concessionária Ecourbis e, no site da empresa – https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html – é possível saber com facilidade o horário de cada um deles, bastando colocar o endereço ou CEP.

Lições de vida

Qualidade de vida, na visão desse morador do Jardim da Saúde, é conciliar consumo para conforto e saúde com contato com a natureza.

Nesse sentido, Gabriel avalia que a pandemia piorou o poder de compra e dificultou a rotina das pessoas. Por outro lado, acredita que há uma lição de longo prazo nessa situação. “Acho que a sociedade melhorou um pouco, essas evoluções são muito lentas e requerem mais educação escolar das crianças para acelerar as mudanças. Eu já estou educando meu neto e está dando muito certo”, diz.

E por falar em família, a história de Gabriel mostra que realmente há uma cultura a ser construída. O pai dele, atualmente com 92 anos, mora na mesma casa. E Gabriel conta o quanto herdou dele em termos de consciência ambiental.

“Aqui, sempre fomos ecológicos. Mesmo antes da pandemia, bem antes, já separávamos os recicláveis, já economizávamos água e energia elétrica. Meu pai fez um sistema de captação de água do telhado para utilizar na horta, no jardim, lavar o chão e dar descarga”, relata, orgulhoso.

“Temos também uma mini horta – tudo em vasos – onde vão todas as cascas de frutas e legumes que não puderam ser aproveitadas. Obra do meu pai que ainda cuida da horta e do jardim”, conta Gabriel.

Os cinco filhos e a esposa também seguem a mesma cartilha.

Plástico mínimo

A família de Gabriel acredita que a solução para melhorar a qualidade de vida no planeta e preservar a natureza é manter o equilíbrio.

Especialmente com a economia mais restrita após a queda de renda na pandemia, ele aponta que usou todo esse conhecimento de preservação que já tinha na família para garantir o sustento e até o bom humor.

O morador diz que sempre houve preocupação com o não desperdício e, por isso, a maior geração de resíduos na casa dele é composta por recicláveis. Sobras de comida, itens que estragam não fazem parte do repertório da família Oliveira.

E mesmo com relação aos recicláveis, há uma atenção especial para evitar exageros. “Não usamos sacolinhas de supermercado, exceto aquelas biodegradáveis – e ainda assim em pouca quantidade”, diz.

O Brasil é um dos cinco países do mundo que mais consome plástico no planeta e, por outro lado, a taxa de reciclagem é baixa. Isso significa que muita gente simplesmente descarta os itens de plástico no lixo comum, deixa de encaminhar à reciclagem.

Na casa de Gabriel isso não acontece. “As embalagens plásticas, ou não, são todas recicladas”, explica. “Plásticos só entram aqui quando não dá para substituir”, diz

Como reduzir?

Para quem quer reduzir a quantidade de plástico gerado em casa, há algumas dicas.

A primeira já é bem conhecida dos consumidores: evite as sacolinhas plásticas de supermercado e habitue-se a levar sacolas retornáveis, deixando-as dentro do carro ou da bolsa.

Vai pedir comida para entrega em casa? Peça para não enviarem descartáveis, saches de temperos.

Na hora de comprar carnes, frios e hortifruti, recuse as bandejas de isopor. Embora o material tenha possibilidade de reciclagem, na prática ela acontece raramente, já que não tem valor comercial e é muito leve, ocupando muito espaço em galpões de cooperativas.

Se possível, opte por embalagens retornáveis de bebida. Também são escolhas mais conscientes a compra de grãos e outros produtos a granel, em sacos de papel.

Em caso de produtos vendidos em embalagens de plástico ou alumínio, prefira o alumínio que tem alto índice de reciclagem no país.

Evite todo plástico de uso único: copos, pratos e talheres descartáveis, mexedores de bebida, canudos.

Para os plásticos que inevitavelmente entram em sua casa, opte entre o reaproveitamento – ou seja, transforme embalagens em potinhos de uso diverso – ou reciclagem.

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