Prefeitura estuda construir moradias populares na Avenida Ricardo Jafet

Em se tratando de Operação Urbana Água Espraiada, tudo continua muito nebuloso. Não há informações claras e precisas sobre a área a ser desapropriada (leia também matéria abaixo), prazos para início ou término das obras, valor de indenização pelos imóveis e nem sobre o atendimento às famílias que vivem em favelas na região. Apesar de a lei estipular que as famílias devem ser realocadas em projetos habitacionais na mesma região, a própria Prefeitura já admitiu que há apenas previsão concreta para construção de quatro mil unidades, quando na verdade existem cerca de dez mil famílias vivendo ao longo do córrego Água Espraiada: há poucas áreas na região do Jabaquara disponíveis para abrigar os novos prédios…

Durante os debates sobre a alteração na Operação Urbana, que passou a atingir bairros como a Vila Fachini, onde haverá desemboque do túnel que vem desde a avenida Jornalista Roberto Marinho, a informação era de que seriam construídos imóveis ao longo da Avenida Ricardo Jafet. O jornal São Paulo Zona Sul apurou que a intenção da Prefeitura é aproveitar áreas que há décadas estão irregularmente ocupadas por desmanches, lojas de peças automotivas e outros estabelecimentos ao longo da Avenida.

No final de junho, a Subprefeitura de Vila Mariana divulgou a reintegração de posse de uma dessas áreas, num total de 800 metros quadrados, e chegou a informar que ali seria construída uma praça. No entanto, o São Paulo Zona Sul obteve a informação de que a Prefeitura estuda ampliar este processo e construir nestes terrenos algumas unidades para abrigar as famílias que serão removidas do Jabaquara.

Nem a Subprefeitura de Vila Mariana nem a Secretaria de Infraestrutura Urbana confirmam a informação.

Por enquanto, nenhuma unidade foi construída, mas a Prefeitura já fala em remover os moradores este ano para dar início às obras.