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Segurança

Praças mal iluminadas são alvo de denúncias da vizinhança

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Na região de São Judas, praças ficam escuras e perigosas. Pedestres e motoristas temem ocupação por usuários de crack

A falta de iluminação adequadas em praças da região é alvo de queixas de leitores do São Paulo Zona Sul há anos. Mas, o ritmo das obras para rebaixamento das luminárias – principal reivindicação dos leitores – está sempre aquém das expectativas da população local. Em Mirandópolis, a poda de algumas árvores e o rebaixamento dos postes em alguns endereços melhorou a situação, como nas praças Guaçunduva e das Prímulas, mas há ainda outros pontos onde a queixa permanece, como é o caso da principal área verde do bairro – a Praça Santa Rita de Cássia.
A situação mais grave, entretanto, está na região de São Judas, mais especificamente na área limítrofe entre as subprefeituras de Vila Mariana e Jabaquara. “Sempre temos dificuldade em saber para qual subprefeitura devemos encaminhar nossas reivindicações”, diz um comerciante local. Ali, o quadro ganha contornos mais sombrios por conta da ocupação dos baixos dos viadutos sob a Avenida dos Bandeirantes. “Eles ficam totalmente ocupados por moradores de rua, muitos sob o efeito do crack. Temos medo”, diz uma moradora.
A Praça Whitaker Penteado, próxima desta região, ganhou luminárias abaixo da copa das árvores, além de outras obras que beneficiaram o uso da área para lazer. Ali há pista de cooper, aparelhos para ginástica, quadra poliesportiva. O intenso movimento da comunidade, por incrível que possa parecer, parece “espantar” a presença de usuários de drogas.
Já na Rua Arapuã e na Praça Moises Kuhlman, as queixas sobre falta de segurança por conta da fraca iluminação, são recorrentes.
Crack
Ações da 35 Delegacia de Polícia, no Jabaquara, já coibiram ações criminosas praticadas naquela área. Os moradores de rua que ocupavam os baixos dos viadutos ao longo das Avenidas dos Bandeirantes e Afonso D’Escragnole Taunay eram levados ao distrito para averiguação e, segundo o delegado Genésio Leo Jr, aqueles que tinham passagem ou eram foragidos foram presos. “Apesar da despenalização do uso de entorpecente, continua o dever da Polícia Militar em abordar o cidadão, com base em fundada suspeita. Caso seja encontrado com ele qualquer tipo de droga proibida, os policiais devem conduzí-lo ao Distrito Policial onde será elaborada uma ocorrência”, explica o delegado. Mas, continua Leo, se o usuário não tem problemas com a justiça ele é liberado pois, aos olhos da lei, está isento de pena.
Assim, os usuários acabam voltando e, em geral, recusam encaminhamento para albergues. Em especial depois das ações policiais no centro da cidade, onde existia a chamada “cracolândia”, a situação piorou em outros pontos. “No entorno do terminal Rodoviário Intermunicipal do Jabaquara a situação é crítica de uns tempos para cá”.
O delegado concorda que a situação é delicada, já que os usuários são encarados como doentes, de acordo com especialistas. “É preciso que sejam propostas ações concretar para melhorar a vida dessas pessoas, bem como da sociedade que convive lado a lado com essa situação”, opina Léo.
O jornal São Paulo Zona Sul está encaminhado ao Departamento de Iluminação Pública, Ilume, pedidos para o rebaixamento das luminárias nas praças denunciadas por leitores.

 

As áreas verdes na divisa entre Vila Mariana e Jabaquara, ao longo da avenida dos Bandeirantes, sempre foram alvo de queixa por parte de leitores. Agora, como os baixos dos viadutos são constantemente ocupados por usuários de drogas, a preocupação de quem anda ou dirige naquela área é maior. Moradores e comerciantes da região estão sempre requisitando o rebaixamento das luminárias – que já foi feito na Praça Whitaker Penteado (foto abaixo)

 

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