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Urbanismo

Praça no Jabaquara será reconstruída em setembro

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A chegada da Primavera terá um motivo não apenas simbólico de valorização da natureza e do verde, para moradores do Jabaquara. No dia 21 de Setembro, eles terão de volta a praça Serafina Vicentini, que nas últimas semanas se transformou em um terreno baldio, sem árvores ou qualquer sínal de plantas.

A área foi interditada em maio para que fossem iniciadas as obras de um poço de ventilação para o túnel da Operação Água Espraiada, que ligaria a Avenida Jornalista Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes. Mas, o prefeito Fernando Haddad determinou a suspensão das obras e anunciou que priorizaria projetos habitacionais para atendimento às famílias que serão removidas de favelas locais, além da construção de um parque linear ao longo do córrego Água Espraiada.

Entretanto, quando a desistência foi anunciada, a praça já havia sido destruída, com árvores removidas. A população vizinha passou a protestar e a exigir o retorno da praça, com replantio das árvores que haviam sido transplantadas pela construtora responsável

Na última quinta, 18 de julho, a SPObras – autarquia municipal responsável pelas obras da Operação Urbana Água Espraiada – e representantes da Subprefeitura do Jabaquara se reuniram com os moradores do entorno da Praça para debater a recuperação do espaço. De acordo com a SPObras, as árvores estão mantidas em viveiro e voltarão à paisagem do Jabaquara antes da chegada da Primavera.

Os moradores, que haviam recoberto os tapumes envoltório da obra com desenhos e pedidos de retomada, compareceram em peso ao encontro. E pediram mais que a reconstrução da praça: reivindicaram também mais segurança para a região, com presença da Guarda Civil Metropolitana, e participação da comunidade no processo de reconstrução da praça. Foi formada, então, uma comissão com cinco representantes da população para acompanhar e dar sugestões ao pré-projeto de reconstrução da praça. Os moradores foram ainda convidados a comprovar que as árvores removidas ainda estão em condições de voltar, visitando o viveiro em que estão temporariamente.

O subprefeito Dirceu Mendes vai apresentar o pré-projeto de reconstrução da praça, já elaborado pela SPObras e se comprometeu ainda a solicitar à Guarda Civil Metropolitana a vigilância para o local.

Os moradores também criticam o fato de a remoção das árvores e destruição da praça ter acontecido em uma região vizinha à Casa do Sítio da Ressaca, que é um patrimônio histórico tombado e, dessa forma, seu entorno também deveria ser protegido e preservado.

Além de reivindicarem a construção da praça, os moradores desta região do Jabaquara também se declaram contra a construção do prolongamento da avenida Jornalista Roberto Marinho em túnel.

“Nós moradores do Jardim Oriental declaramos ao governo que não reconhecemos essa obra faraônica de efeitos nefastos para a cidade e para os cofres públicos”, declararam os vizinhos em um blog criado na internet, que pretende ser outra ferramenta para acompanhamento de suas demandas. O blog pode ser visitado no endereço: http://napracinhajabaquara.wordpress.com/

As criticas vão além: “Um projeto que pode atender a todos os interesses, mas não atende aos interesses da população pobre que precisa de políticas que privilegiem o transporte publico de qualidade, de escolas e creches de período integral para as mães trabalhadoras deixarem seus filhos e da reurbanização das favelas sem o despejo compulsório das comunidades”, analisam os autores do blog, fazendo coro com moradores de outros bairros que seriam afetados pelos túneis da Operação Água Espraiada. E também endossando o que têm apontado muitos urbanistas.

“Queremos o entendimento, o dialogo civilizatório, queremos encontrar um caminho que construa pontes, mas se precisarmos queimar todas elas em defesa da Praça e da cidadania; o faremos”, concluem os vizinhos.

Praça Serafina Vicentini foi transformada em um triste terreno, sem árvores, plantas o grama. Ali, seria construído um poço de ventilação para os túneis da Operação Água Espraiada, obra que acabou suspensa pela Prefeitura.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Walter - Próx. Saboya

    29 de julho de 2013 at 16:22

    E a culpa de tudo isso de quem é??? De um sujeito NEFASTO, Sacripanta, chamado KASSAB. Ele começou tudo isso, sem consultar a população, transformando a cidade em laboratório para as suas SANDICES, achando que a população iria aceitar calada, sem se manifestar. Esse tempo acabou. O KASSAB não se elege nem para síndico de prédio aqui em São Paulo. Depois desta que foi a PIOR Administração da cidade de São Paulo, o povo aprendeu a relegar a sujeitos como este ao Ostracismo.

    Sr. KASSAB, faça-nos um favor: DESAPAREÇA PARA SEMPRE das nossas vidas. INCOMPETENTE.

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