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Polícia investiga assassinato de animais na Vila Mariana

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Os paulistanos se chocaram recentemente com as denúncias contra uma moradora da Vila Mariana. Dalva Lima da Silva, de 42 anos, vivia na pacata e ainda recoberta por paralelepípedos Rua Mantiqueira, ali perto da “caixa d’água” da Rua Carlos Petit. Após dois meses de investigações, um detetive particular contratado por defensores dos animais flagrou Dalva depositando para o lixeiro sacos com animais mortos: eram 33 gatos e 4 cães. Um dos cadáveres era de uma cadelinha prenha, que ele havia fotografado sendo entregue à dona Dalva no dia anterior. Ele chamou a polícia e a mulher foi presa. Esta semana, Dalva foi indiciada.

Ela era conhecida como protetora de animais e recebia apoio e doações de vizinhos por conta desse trabalho. Mas, começaram a surgir suspeitas sobre a real atuação de dona Dalva depois que uma das pessoas que foi até ela com dois animais a serem encaminhados para adoção. Desconfiado, ele voltou à casa de Dalva no dia seguinte dizendo-se arrependido e pedindo os dois gatos de volta, mas a dona de casa alegou que os animais já haviam sido encaminhados para um sítio no Paraná.

A situação de Dalva se complicou, esta semana, com o laudo sobre a causa mortis dos animais, feito pela Universidade de São Paulo. Cães e gatos teriam morrido após uma injeção letal aplicada diretamente no coração. A acusada havia admitido a morte de apenas seis dos animais e alegava que eles estavam doentes e sofrendo, por isso teria feito o sacrifício. No entanto, o mesmo laudo agora indica que os animais não tinham outro problema de saúde.

O deputado Tripoli, que está acompanhando o caso, relatou ainda que o depoimento de uma ex-funcionária de Dalva pode ser outro indicativo de que o problema se arrasta há muitos anos. A ex-funcionária, que teria conhecido Dalva em 1995, relatou a existência de quartos fechados na parte inferior da casa onde era proibida de entrar. Ela questionava para a patroa onde estavam os animais recebidos quase diariamente e a resposta era que a remoção e doações eram feitas no período noturno. Nas poucas vezes em que a entrada da empregada em um dos quartos foi liberada, não havia animais no local, mas ela observou sangue nas paredes, fezes, alem de seringas, embalagens de medicamentos e caixas de transporte.

Ambientalistas e ongs protetoras de animais, entretanto, estão preocupados. A Ong Adote um Gatinho, que acompanhou o caso e ficou com a guarda dos animais encontrados ainda vivos na casa de Dalva, está solicitando que outras pessoas que tenham relatos sobre a entrega de animais, procurem a entidade, que publicou um apelo na internet: “Quem já tiver entregado animais à Dona Dalva, manifeste-se. Conte como foi, o que ela prometeu, pra onde ela disse que os levaria e que destino tiveram. Procurem em suas caixas de email conversas que possam ajudar na investigação. Onde está aquele senhor que entregou a cadelinha com gravatinha de pet shop essa semana a ela? E todos os outros? Não se omitam, não sintam medo de denunciar. Se precisarem de orientação jurídica, nosso advogado Rodrigo Carneiro está à disposição no email juridico@adoteumgatinho.org.br.”

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