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Meio ambiente

Pesquisa sugere reciclagem de livros didáticos

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Cerca de 140 mil toneladas de papel de apostilas e livros poderiam ser reaproveitados, anualmente

Consumo cresce
Instituto de Pesquisas Tecnológicas está avaliando duas formas de recuperar o papel de livros que não podem ser repassados a novos estudantes

 

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) tem desenvolvido um projeto de pesquisa para avaliar as possibilidades de ampliar a reciclagem de miolo e capa de livros didáticos descartados todos os anos. O objetivo é ampliar a reciclagem de papel no país. Para se ter uma ideia, o Brasil atualmente não recicla nem metade do papel consumido anualmente. Mais de cinco milhões de toneladas de papel acabam no lixo comum.
Só de livros didáticos, são distribuídos anualmente cerca de 138 milhões de exemplares, segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. De acordo com o IPT, isto representa um total de 123 mil toneladas de papel com potencial para reciclagem. O projeto do Laboratório de Papel e Celulose do órgão foi proposto para estudar este potencial. A equipe do laboratório utilizou vários equipamentos, entre eles a célula de destintamento por flotação, que é o principal método para a reciclagem de materiais impressos pela sua capacidade de retirar partículas hidrofóbicas, ou seja, aquelas que repelem a água.
O resultado mostrou que este é realmente um nicho importante a ser explorado pelo setor. Como as características dos livros são semelhantes, um dos processos, envolvendo cozimento com solução alcalina e destintamento, resultou em um papel quase tão branco quanto o já empregado na confecção de livros utilizados.
Já no método de desagregação, os papéis reciclados resultantes ficaram com alto teor de sujidade, mas, segundo o IPT, isto não descarta a reutilização. Podem ser feitos papelão ondulado e cartões multicamada.
O Instituto explica que, embora represente uma redução no uso de recursos naturais, a reciclagem é um processo mais complexo em comparação à obtenção de fibras virgens porque os papéis a serem recuperados consistem geralmente em uma mistura de diferentes fontes. Eles têm ainda em sua composição uma série de contaminantes, como corantes, revestimentos, tintas de impressão, laminações e adesivos, e materiais que acabaram sendo misturados durante o ciclo de vida ou coleta, como clipes, arames, elásticos e impurezas.

 

Ecopontos recebem material gratuitamente, todos os dias

 

Os moradores ainda têm outra alternativa para se ver livre de “bagulhos” gratuitamente. Basta levar aos ecopontos da cidade, onde também o descarte é regular e gratuito, com encaminhamento correto garantido pela Prefeitura. Vale ressaltar que os ecopontos recebem também pequenas quantidades de entulho e resíduos de podas de árvore ou serviços de jardinagem.
Não confie na retirada feita por carroceiros, que podem acabar abandonando este material em qualquer esquina, de forma ilegal.
Todos os Ecopontos funcionam diariamente: de segunda a sábado das 6h às 22h e aos domingos e feriados das 6h às 18h. Na região, há três deles:
Santa Cruz – Rua Santa Cruz, nº 1452 (Baixos Viad. Santa Cruz), na área da Subprefeitura do Ipiranga.
Mirandópolis – Av. Senador Casemiro da Rocha, nº 1220 (esquina com Av. José Maria Whitaker), na área da Subprefeitura da Vila Mariana.
Imigrantes – R. Opixe, s/nº (esquina com R. Frederico Hoene), na área da Subprefeitura do Jabaquara.
Outras informações pelo telefone: 0800-7777156

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