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Cultura

Pavilhão Japonês chega aos 70 anos

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São sete décadas de história que, em última análise, representa a interação entre as comunidades brasileira e japonesa, de conexão entre os imigrantes do país do sol nascente e sua história na capital paulista. O Pavilhão japonês, dentro do Parque Ibirapuera, ficou muito tempo fechado à espera de uma reforma, mas em plena pandemia reabriu ao público e vem oferecendo exposições e programações diversas, tem cafeteria especial e agora comemora – ao mesmo tempo que o próprio Parque, seus 70 anos, como um grande símbolo da amizade entre os dois países, mas também como um destino interessante de passeio para moradores da capital e turistas.

A construção

Construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira, o Pavilhão Japonês foi doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação e mesmo ano da inauguração do Parque.

O Pavilhão Japonês tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas, tendo como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do Imperador em Kyoto. Foi transportado desmontado, em navio, e reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros. Sua construção em São Paulo contou com numerosos imigrantes japoneses que atuaram como voluntários para auxiliar o corpo técnico vindo do Japão.

Construído às margens do lago do Parque é composto de um edifício principal suspenso, que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, jardim, além de um belíssimo lago de carpas.

Ambientes

Seu projeto foi executado pelo professor Sutemi Horiguchi (da Universidade Meiji) e baseia-se em composições modulares de madeira (com divisórias deslizantes, externas e internas), organicamente articuladas, e marcadas pela presença do tokonoma (área destinada à exposição de pinturas, arranjos florais, cerâmica, etc), incluindo chashitsu (sala para cerimônia de chá), bem como outros nichos embutidos, com prateleiras e pequenos gabinetes, decorativamente dispostos.

A sala de cerimônia do chá foi inaugurada em 1954 com a presença do grão-mestre herdeiro Sen Soko (posteriormente, 15º Grão Mestre da Escola Urasenke de Cerimônia do Chá).

O lago recebeu os primeiros nishikigoi (carpas coloridas) na década de 1970, por iniciativa da Associação Brasileira de Nishikigoi – com capacidade para cerca de 100 mil litros de água, abriga cerca de 320 carpas.

O Salão de Exposição abriga peças originais e réplicas dos “tesouros japoneses”, representando linguagens artísticas e artesanais de diferentes períodos; doadas e consignadas pelo governo do Japão, entidades, empresas e personalidades diversas. Parte deste acervo foi exposto durante as comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo.

Tombado pelos órgãos municipal e estadual, é um dos raros pavilhões, fora do Japão, a manter suas características em perfeito estado de conservação. O outro se localiza nos Estados Unidos e é conhecido como “Shofuso” – Solar do Pinheiro e do Vento, construído, também em 1954 e atualmente está instalado no Fairmount Park, em Filadélfia.

O Pavilhão Japonês abre de quinta a domingo e feriados, das 10h às 17h. Entrada pelo portão 10 do Parque do Ibirapuera (próximo ao Planetário e ao Museu Afro Brasil) Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº . Informações: (11) 99538-1927 | pavilhao@bunkyo.org.br. Contribuição adulto: R$ 15,00. Estudante com carteirinha: R$ 7,00. Idosos a partir de 60 anos: R$ 7,00. Crianças de 5 a 12 anos: R$ 7,00. Crianças até 4 anos: isento

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