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Participe mais da coleta seletiva

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Reciclagem

Quando se fala em preservar o meio ambiente, muita gente se lembra e destaca a importância da reciclagem dos resíduos sólidos.

Mas, na prática, embora a coleta seletiva venha crescendo nos últimos anos, ainda é preciso evoluir muito nessa ação.

No Brasil, onde são geradas cerca de 78 milhões de toneladas por ano de resíduos – ou seja, o equivalente a cinco maracanãs lotados de lixo – apenas entre 3% e 4% são reciclados. Na capital paulista, com muito trabalho de educação ambiental, investimento, com ampla rede de catadores e duas centrais mecanizadas de triagem de recicláveis, esse índice atinge quase o dobro da média nacional, mas ainda assim 7% representam um volume muito pequeno diante do que poderia ser feito.

Importante apontar: não apenas estamos destruindo mais o meio ambiente ao não reciclar – seja pela falta de espaço e verba gasta com todo esse descarte diário ou pela produção de novos itens que representam extração e degradação da natureza – mas também pelo que deixamos de ganhar.

Projeções feitas pela Abrelpe – Associação Brasileira pela Reciclagem de Resíduos – indica que o Brasil deixa de lucrar R$ 14 bilhões por ano ao não reaproveitar os resíduos para reciclagem.

Mas, o que cada um de nós pode fazer para contribuir e mudar esse cenário?

Separar corretamente

É tão simples separar o material para a coleta seletiva, mas parece que muita gente ainda não entendeu como funciona.

Basta separar plástico, metal, papel e vidro limpos e secos em um saco. Depois, feche bem essa embalagem e coloque no dia e horário corretos – é preciso ficar atento para não colocar os resíduos comuns no dia da coleta seletiva e vice-versa.

Se tiver dúvida, lembre-se: basta acessar o site https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html. Ali, uma ferramenta bem simples permite que se confira a data e horário em que a coleta seletiva acontece em sua rua – basta inserir o CEP. O site informa também data e horário da coleta tradicional de resíduos comuns.

A concessionária Ecourbis é a responsável pela coleta e destinação final de resíduos nas zonas sul e leste de São Paulo.

Nunca misture

Boa parte do material que separamos cuidadosamente em nossas casas pode se perder e nunca chegar a ser reciclado porque foi contaminado pelo “lixo comum” que outras pessoas da vizinhança encaminharam no dia da coleta seletiva.

Há pessoas que não se atentam ao dia correto da coleta seletiva e dispõem o saco de resíduos comum na rua. Vale destacar que é sempre importante estar atento às datas de coleta – eventualmente, há mudanças de data na prestação do serviço e isso pode prejudicar a separação dos recicláveis.

Contaminação

Também é fundamental saber o que não  se deve colocar entre os materiais recicláveis para não contaminar os itens que podem ser transformados e ganhar nova vida no ciclo econômico.

Ainda é comum, infelizmente, encontrar junto ao material reciclável itens como máscaras descartáveis, fraldas e absorventes usados, caixas de pizza engordurada, papel higiênico/sujo de banheiro, espetos de churrasco, remédio, fezes de animais…

Enxágue

O material reciclável vai passar por um processo industrial em que será lavado e triturado até se transformar em nova matéria prima a ser usada em produtos dos mais diversos tipos.

Mas, ainda assim, não custa dar uma “enxaguada” na caixinha de leite ou de suco antes de acondicioná-la no saco de recicláveis. O mesmo vale para garrafas pet de refrigerantes ou óleo, latas de molho de tomate ou leite condensado, entre tantos outros exemplos.

Lembre-se que esse material será separado por catadores e ficará por alguns dias em galpões. Esse enxágue evita o mal cheiro e a atração de moscas e outros vetores, contribuindo para a saúde dos catadores e um bom ambiente de trabalho.

Material perfurocortante

Outra preocupação tem que ser com o material que provoca cortes em coletores ou catadores – e isso vale tanto para o dia da coleta comum de resíduos quanto para a seletiva.

Vidros quebrados e lâminas devem ser colados dentro de outras embalagens que os protejam. Coloque um copo quebrado, por exemplo, dentro de garrafas pet vazias ou potes de plástico com tampa.

Mas, atenção: seringas usadas e agulhas não são recicláveis. Todo resíduo de saúde deve ser deixado em postos de saúde, consultórios ou levados a algumas farmácias que aceitam esse tipo de rejeito.

Também é interessante lembrar que alguns itens sequer são recicláveis, como vidros de janela, espetos de churrasco, cerâmica e objetos de acrílico que, quando quebram, também podem ficar pontiagudos.

Horário

Ficar atento ao horário  da coleta é fundamental não somente para que não se confunda o dia da coleta tradicional ou seletiva, mas também porque a colocação dos resíduos no dia e momento certo são atitudes que evitam que sejam levados pela chuva, atraiam animais que rasgam os sacos ou  provoquem a proliferação de vetores de doenças, como ratos e mosquitos.

Acondicione sempre seus resíduos em embalagens resistentes e lembre-se que o trânsito e as condições climáticas podem gerar atrasos de duas ou três horas na coleta. Assim, o ideal é deixar os resíduos em frente de casa até uma hora antes da passagem do caminhão.

Se perder o dia/horário da coleta seletiva, procure em seu bairro por Pontos de Entrega Voluntária e Contêineres deixados pela concessionária Ecourbis e que facilitam deixar o material a qualquer momento. Reforçando: só recicláveis, material seco e limpo.

Divulgue

Quem se engaja na coleta seletiva já tem um hábito em casa de separar aqueles itens que podem ou não ir para a reciclagem.

Mas, sabe também que, no dia da coleta seletiva, muitos dos vizinhos não contribuem.

Converse com vizinhos, divulgue em redes sociais, estimule os participantes de seus grupos de mensagens para que separem esse material, apontando como é simples e importante.

Há relatos de pessoas que moram em condomínio e precisam levar os recicláveis até o contêiner específico, no subsolo do prédio, mas acham “trabalhoso demais”. Mas se concentrar e levar apenas uma vez por semana é tão difícil assim? Delegue essa tarefa aos jovens da casa, por exemplo.

Especialistas apontam que o engajamento na coleta seletiva é fundamental para que as pessoas passem a perceber como a questão da geração de resíduos é urgente de ser discutida em sociedade e leva a uma consciência ampla sobre a necessidade de promover o consumo consciente.

Ao separar recicláveis em casa, fica perceptível a quantidade de itens desprezados depois de um uso muito breve – como as embalagens que apenas servem para trazer produtos do supermercado até em casa ou os descartáveis usados por poucos segundos, como canudos, mexedores de bebidas ou qualquer item de plástico descartável. E como reduzir a geração de resíduos é urgente.

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