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Urbanismo

Para ser “inteligente”, São Paulo precisa regionalizar

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Já ouviu falar em Smart City – ou Cidade Inteligente? Apesar de recente, esse conceito já é usado no mundo todo quando se trata de planejamento urbano, para garantir redução de desigualdades, melhoria de qualidade de vida e desenvolvimento sustentável.

A capital paulista já vem participando de debates, desenvolvendo projetos e fazendo planejamentos tomando por base esse conceito. Até mesmo a Câmara de Vereadores integra esse debate.

Ali, existe uma Comissão de Estudos para a Criação de um Plano de Cidade Inteligente (Smart City) para a cidade de São Paulo. Essa semana,  dois especialistas participaram de debate para desenvolver melhor o conceito.

O primeiro convidado a falar foi o geógrafo e representante da Urban System, Willian Rincon, que explicou e defendeu a necessidade do olhar regionalizado na implantação do projeto Cidade Inteligente na capital paulista. “São Paulo é uma cidade com vários perfis, por isso é necessário um olhar regional para trazer, de forma inteligente, ações para cada ponto da cidade”, explicou.

Outro ponto também destacado por Willian é a sustentabilidade e humanização para trazer qualidade de vida de forma transversal no projeto Smart City. “Uma Cidade Inteligente tem que gerar qualidade de vida para sua população, tem que ser sustentável e humana. A tecnologia tem que ser o meio e não o objetivo”, destacou Willian, que ainda apresentou 11 eixos que devem compor o projeto. São eles: Segurança, mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia, economia, educação, saúde, empreendedorismo e governança.

O vereador Daniel Annenberg (PSDB) questionou o convidado sobre a regulamentação legal das Cidades Inteligentes. Em resposta, Willian explicou que regular é uma forma de dar continuidade ao trabalho iniciado em um ciclo político. “Os ciclos políticos são curtos, de quatro anos, por isso é importante regular o projeto para que possa haver sequência no planejamento”, explicou.

O segundo participante, Gustavo Maia, representante do aplicativo Colab, que conecta munícipes à administrações públicas, discursou sobre a desigualdade no país e a importância de analisar como as pessoas estão conectadas ao mundo digital hoje em dia. Ele citou como exemplo a grande quantidade de smartphones que há no Brasil, e que em contrapartida a maioria das pessoas ainda não tem acesso a dados. “Grande parte dos brasileiros tem smartphones hoje com pequenos acessos a dados em redes sociais, e quase nada de acesso aos serviços públicos”, descreveu.

O vereador Daniel Annenberg (PSDB) indagou Maia como fazer tornar realidade a inclusão e letramento digital. O especialista respondeu que é necessário criar uma cultura de participação do cidadão, fazendo com que se acostume a participar de decisões e reflexões sobre o que está acontecendo. “É necessário colocar dados e acesso à população principalmente dos serviços públicos para que seja direcionado para a participação da população nas tomadas de decisões”, explicou.

Ainda durante a reunião o colegiado aprovou dois requerimentos de convite, de autoria da vereadora Cris Monteiro (NOVO).

Também participaram da reunião os vereadores Fernando Holiday (NOVO), Marlon Luz (PATRIOTA), Rinaldi Digilio (PSL), Rubinho Nunes (PSL), Silvia da Bancada Feminista (PSOL), Sonaira Fernandes (REPUBLICANOS) e Thammy Miranda (PL).

Com informações da Câmara Municipal

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