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Ecourbis

Organização permite rotina sustentável

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A vida das famílias é geralmente marcada por vários momentos de mudanças. Vêm os filhos, eles crescem, ganham autonomia e buscam por independência. Nesse processo, há sempre troca de conhecimento, em que pais e filhos sempre pode trazer mudanças de hábitos, práticas saudáveis, novas formas de exercer a cidadania.

Se o ambiente escolar moderno traz muita informação sobre preservação ambiental, cuidados com a natureza e sustentabilidade, por outro lado a vivência dos pais traz informações importantes sobre economia doméstica, rotina de organização e manutenção da casa.

E dentro de um ambiente residencial, se tem algo que representa bem os conceitos modernos de responsabilidade social e preservação ambiental é o gerenciamento de resíduos na casa – tanto do lixo comum doméstico quanto dos itens recicláveis.

A medida mais simples e que já faz muita diferença tanto para a família que vive ali quanto para a própria cidade de São Paulo é a separação do lixo em dois. Basta colocar em um único saco tudo que for reciclável – plásticos, papeis limpos, metal e vidro – e em outro o lixo comum.

Depois, no site www.ecourbis.com.br/, é só conferir a data e horário em que as duas coletas são feitas na região onde mora. No dia, deixe o saco bem amarrado e coloque na calçada até duas horas antes da previsão de passagem do caminhão. Tanto a coleta seletiva quanto a coleta tradicional são feitas pela concessionária Ecourbis, que atende bairros das zonas leste e sul da capital.

Mas, sempre fique atento para não confundir. O “lixo comum”, ou seja, sobras de comida, sujeira da limpeza doméstica,  lixo do banheiro (papel higiênico, fraldas, hastes flexíveis, lencinhos, absorventes femininos), todos devem ser colocados na dada do lixo comum, porque se são disponibilizados para coleta no dia da seletiva, ou seja, do material reciclável, pode até contaminar o material de outros munícipes e impedir que a reciclagem efetivamente aconteça.

Rotina independente

O jovem Gabriel Fornazaro, de 23 anos, mora sozinho há cerca de um ano na região de Sapopemba, zona leste da cidade, em uma pequena vila de casas. Até então, viveu infância e juventude com mãe e irmãos no bairro da Saúde, zona sul, e depois chegou a dividir moradia com amigos.

Nesse processo, trouxe muitos ensinamentos da vida em família, mas também tem aprendido muita coisa nesse cotidiano independente, que partilha com amigos e com a própria família.

“No edifício onde morávamos na Saúde, o condomínio já tinha uma estrutura para que pudéssemos levar os dois tipos de lixo a qualquer horário. Ficava separado e na data certa as equipes da concessionária faziam a remoção”, relembra.

Agora, na pequena vila, os moradores deixam o lixo bem ensacado e do lado externo, à espera da coleta. Ali, a coleta de lixo comum acontece três vezes por semana, pela manhã. Já a seletiva é feita às quartas, também no período matinal.

“Pra mim, é mais do que suficiente. Consumo muito pouco, então não tem muito lixo comum, nem reciclável”, conta o jovem designer.

Fornazaro trabalha totalmente em home office, com design gráfico. “Eventualmente, a equipe se encontra para almoços e reuniões, mas a maioria do trabalho é feito de forma virtual.

E nesses novos e cada vez mais comuns estilos de trabalho, as refeições são também feitas em casa. “Eu costumo cozinhar já para vários dias seguidos e congelo já de forma porcionada. Assim, desperdiço menos ingredientes, gasto menos gás e até menos água para lavar a louça e limpar a cozinha”, relata.

Gabriel diz que esse método, além de poupar tempo, representa economia financeira, também. “Já aprendi quando morava com a família que desperdício traz um custo. E nesse um ano que estou morando sozinho aprendi que quanto mais lixo sair de casa, é sinal de maior desperdício de ingredientes ”, conta.

Ele evita pedidos de comida, não apenas por economia, mas também para garantir refeições equilibradas e saudáveis, e por isso mesmo a maior parte das embalagens que separa para a coleta seletiva é de latas de molho, creme de leite, garrafas pet de sucos e embalagens longa vida. Mas, também separa embalagens de plástico e papel, desde que limpas, que tragam eventuais refeições prontas ou semiprontas.

Já os produtos de limpeza, conta Gabriel, duram muito tempo. “A casa é pequena, mas eu prefiro comprar embalagens grandes, justamente para não gerar muito resíduo. Eu mesmo faço a manutenção rotineira e procuro economizar nos produtos, comprar marcas biodegradáveis”, relata.

Posse responsável

Na verdade, Gabriel não mora totalmente sozinho. Vive com sua gata Kiki, que adotou assim que se mudou para a zona leste da cidade. A posse responsável de um animal de estimação é outra coisa que tem trazido aprendizado.

“Gatos gostam muito de brinquedinhos, então eu separo, por exemplo, um potinho plástico de requeijão, lavo, preencho com alguns grãos ou pedrinhas e fecho. Então, dá para reaproveitar itens e nem preciso gastar com esses brinquedinhos, eu mesmo faço”, relata.

Fã de passeios ao ar livre, parques e turismo na natureza, Gabriel também quis trazer essa experiência para dentro de casa.

Outra forma de reaproveitar potes e garrafas é transformá-los em vasos. “Gosto muito de plantas em casa. Além de deixar o ambiente mais bonito e agradável, a jardinagem é uma terapia pra mim”, diz.

Interessado em manter a casa e a mente em dia, o designer também tem aprendido diversas técnicas sustentáveis para o cotidiano doméstico.

“Eu uso a água com que lavo o arroz, por exemplo, para regar as plantas. Faz bem pra elas. Além disso, evita o desperdício de água”, relata.

Cascas de banana que consome no dia a dia ficam separadas, da mesma forma. “Fervo as cascas e uso depois, da mesma forma, para adubar as plantas.

Material de trabalho

Para Gabriel, em síntese, a palavra chave mais importante é organização: seja na hora de fazer compras, planejar refeições, definir os cuidados com a casa.

Com isso, além de não prejudicar a natureza, consegue manter uma divisão correta entre horários de trabalho, lazer ou descanso. “A gente ganha qualidade de vida e passa a ter horários também para sair, encontrar amigos ou mesmo receber pessoas.

E ele leva para o trabalho também esse tipo de atitude sustentável e equilibrada.

“Evito impressões e a maior parte do trabalho fica no ambiente digital. Mas tenho consciência de que isso também gera lixo”, observa.

Para evitar a geração de lixo eletrônico, o jovem profissional aposta em produtos duráveis, de qualidade. Depois, quando pilhas, baterias e equipamentos perdem a utilidade, ele separa em uma caixa. “Atualmente, estou com uma caixa aqui separada, porque não jogo pilhas, mouses e outros itens de lixo eletrônico no lixo comum. É pouca coisa, ainda, mas não sei como descartar corretamente”, confessa.

Atualmente, há uma campanha em estações de metrô de São Paulo que estão recebendo itens de pequeno porte de lixo eletrônico. Farmácias, supermercados e outros estabelecimentos podem receber pilhas e baterias.

Também é possível encontrar lojas que praticam a logística reversa, ou seja, recebem equipamentos quando devem ser descartados. Veja o endereço mais próximo à sua residência no site da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree)/abree.org.br/pontos-de-recebimento.

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