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Trânsito

Operação Volta às Aulas expõe falhas de orientação dos agentes de trânsito

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Tratamento desigual por “marronzinhos”, falta de clareza em regras e ações inócuas são vistas ao redor de escolas

Esta semana, os grandes colégios particulares da região retomaram as aulas. Os pais que levam seus filhos às escolas precisam ficar atentos: como o São Paulo Zona Sul mostrou em junho, agentes da CET têm agido na região nem sempre no sentido de orientar e evitar transtornos ao trânsito, mas sim de multar! Já houve até pai que foi multado por ter fechado a porta do carro na hora de desembarcar a criança: segundo o agente, isto teria descaracterizado o processo de embarque e desembarque e o pai estaria estacionado no local…
Outra queixa constante é feita por motoristas que circulam na Rua Afonso Celso, entre as ruas Loefgreen e Santa Cruz. Eles afirmam que diferentes agentes de fiscalização da CET agem de forma também desigual – enquanto alguns atuam no sentido de agilizar o processo de embarcar as crianças, outros ameaçam com multas e fazem os pais ficarem dando voltas no quarteirão, o que prejudicaria o trânsito, gerando mais circulação dos veículos, em vez de facilitar.
Outra denúncia é feita por motoristas que precisam trafegar pela Avenida Dr. Altino Arantes. Ali, a Companhia de Engenharia de Tráfego chegou a alterar a sinalização viária no primeiro semestre. Por conta da grande movimentação de carros que buscam e trazem crianças a um grande colégio, foi alterada a mão viária no trecho entre rua Primeiro de Janeiro e Domingos de Morais, que passou a ser mão única. Mas, a mudança não facilitou a vida nem de quem se dirige à escola, nem daqueles que simplesmente estão passando por ali. Nos horários de entrada e, especialmente, de saída, a pista fica completamente congestionada.
Foram colocados cones para formar um corredor aos veículos que precisam parar no colégio, mas muitos pais simplesmente não conseguem vaga ou não conseguem entrar na baia criada porque algum carro ao final da fila ainda aguarda a criança, enquanto outros mais à frente já partiram. Resultado: carros tentam entrar na baia por entre os cones, outros estacionam em fila dupla e a confusão está formada. Também por ali, o que dificulta a situação de quem apenas passa pelo local é o fato de que, no final da tarde, a CET apenas “abre” a baia criada às 17h45. Se os pais chegam um ou dois minutos antes, acabam parando em fila dupla ou até tripla, enquanto a baia formada pelos cones está totalmente vazias e as crianças são obrigadas a se arriscar para embarcar nos veículos.
Há ainda denúncia de diferença de tratamento entre as escolas. Em algumas delas, a sinalização deixa claro que os pais têm prazo de 15 minutos para embarcar e desembarcar seus filhos. Outras têm placas indicando “seja breve”, o que confunde motoristas. O jornal São Paulo Zona Sul enviou todas estas denúncias e pontuou cada uma das situações à CET. A empresa, entretanto, se limitou a responder que “os locais citados nas solicitações serão objetos de verificação quanto a necessidade de ajustes na sinalização, monitoramento, orientação e fiscalização, visando a melhorar as condições de segurança e fluidez”.

 

        Em algumas escolas, o motorista pode parar por 15 minutos, em outras deve “ser breve” no embarque e desembarque

 

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