Meio ambiente
Óleo na água: mistura que prejudica a cidade
Resíduos aglutinados ao óleo formam crosta nas paredes de tubulações
Á água que sai das casas dos paulistanos, antes de chegar às estações de tratamento de esgoto para que possam ser devolvidas ao meio ambiente, passa por tubulações subterrâneas. Quando óleo de fritura, mesmo restos de comida, cabelos ou qualquer outro resíduo é despejado nos ralos cria uma camada de gordura, que se solidifica, nas paredes dos coletores. “O óleo funciona como colesterol ruim no sangue, vai se fixando nas bordas até fechar completamente a tubulação”, compara o assessor da presidência da Sabesp para meio ambiente, Marcelo Morgado. “Forma uma crosta dura nas paredes da tubulação”. Ele conta que, além de prejudicar o tratamento do esgoto, os detritos trazem outros problemas. “Temos que concentrar equipes que poderiam estar desenvolvendo outros trabalhos e ainda interditar o trânsito, quando a rede fica obstruída”.
Assim, o correto é limpar bem todos os pratos antes de lavar a louça e encaminhar o óleo de fritura para a reciclagem. A situação é tão grave, que a Sabesp criou um programa específico para coleta do óleo. Levantamento feito pela companhia de saneamento mostra que, entre janeiro de 2011 e maio de 2012, foram coletadas 172 toneladas de óleo. Pode parecer muito mas, para se ter uma ideia, o Brasil produz 57 mihões de toneladas de óleo comestível por ano. “Parte do material fica na comida, é consumida. Mas grande parcela é usada para fritura e precisa ter destinação correta”, diz Morgado. A Sabesp trabalha com uma estimativa de que cada litro de óleo pode poluir mais de 25 mil litros de água.
Com o Programa de Reciclagem do Óleo de Fritura (PROL), a empresa busca, desde 2007, ampliar a coleta de óleo de cozinha usado. Agências de atendimento da companhia, escolas, condomínios e shoppings possuem coletores para o produto. Lojas da rede Pão de Açúcar de supermercados e o Shopping Plaza Sul, na região, também fazem a coleta. Basta levar o óleo em algum recipiente como uma garrafa pet, por exemplo. Também a unidade da Sabesp em Moema (Al. Imarés, 623) recebe óleo usado.
REUTILIZE
Comprar em bazares é atitude sustentável
Respeitar é o tema desta edição. Com uma sociedade mais humana, o planeta ganha mais leveza nos relacionamentos e, claro, é mais preservado. Nesse círculo virtuoso, praticar solidariedade faz a diferença. Para completar a proposta sustentável, nada melhor do que optar por apoiar uma entidade sediada na região: não será preciso gastar muito combustível ao se dirigir até lá, quando necessário. Uma das principais formas de contribuir é ainda benéfica para o meio ambiente: doar aquilo que está “encostado” em sua casa.
Bazar AACC
O que não tem mais uso em sua casa, desde que esteja funcionando e em bom estado de conservação, pode ser aproveitado em uma casa de apoio a crianças e jovens com câncer. A Associação de Apoio a Crianças com Câncer (AACC), sediada na Vila Clementino, aceita doações de roupas, calçados, acessórios, eletrodomésticos, brinquedos, cds, dvds, livros, e objetos de decoração em geral. Se não forem aproveitados para uso na própria casa, que abriga famílias com filhos em tratamento na cidade, são destinados ao Bazar Beneficente Permanente que é uma das principais fontes de recursos para manutenção da entidade. Só não estão retirando móveis de grande porte, como sofás, guarda-roupas, camas. As doações poderão ser entregues na sede da AACC, ou retiradas com agendamento prévio pelo telefone 5084 -5434, com Philippe. A AACC existe desde 1984 e nessas quase três décadas já prestou cerca de 40 mil atendimentos, gratuitamente.
A Associação de Apoio à Criança com Câncer Rua Borges Lagoa, 1603 Vila Clementino Tel. 5082-5434 www.aacc.org.br