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Transporte

Obras da Linha Ouro seguem lentas e sem data precisa para conclusão

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Várias interdições viárias têm acontecido na Marginal Pinheiros durante as madrugadas, nas últimas semanas. Têm sido colocadas estruturas de sustentação da linha, que é construída em suspensão, por sobre avenidas como a Moreira Guimarães e a Avenida Jornalista Roberto Marinho.

A Linha 17 – Ouro foi prometida para a Copa do Mundo no Brasil, de 2014. Seria a conexão entre o Aeroporto de Congonhas e a malha metroviária e também com o estádio do Morumbi. Como houve a decisão de construir o Estádio em Itaquera, a linha deixou de ser considerada prioritária.

Mas, é fato que o Governo do Estado sempre anunciou que o sistema de construção em monotrilho suspenso sobre pilastras, sem necessidade de escavações como o metrô subterrâneo, seria mais rápido e barato – o que não aconteceu.

A Copa de 2014 terminou, veio a de 2018 e as obras – que começaram em 2010 com previsão de conclusão em quatro anos, já se arrastam por uma década completa.

O Governo do Estado alega que a conclusão da Linha 17 é uma de suas prioridades e que o avanço dos trabalhos “demonstra o comprometimento da Secretaria dos Transportes Metropolitanos para não deixar nenhuma obra parada”. Informa também que, em 2019, o Metrô rescindiu contratos paralisados dessa linha e retomou o processo de fabricação e fornecimento dos trens.

Garante ainda que os trabalhos prosseguirão sem previsão de novas interferências na circularão dos trens da CPTM. Banners, cartazes e funcionários têm sido coocados presentes nas principais estações da rede para orientar os passageiros.

Trens

Na semana passada, o Metrô de São Paulo uma Ordem de Serviço para a fabricação dos 14 trens do monotrilho da Linha 17-Ouro, que vai ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transportes sobre trilhos. O documento permitirá também a colocação das portas de plataforma nas oito estações e instalação dos sistemas de controle e sinalização.

“Com a assinatura desta ordem de serviço, queremos retomar o quanto antes as atividades para fabricar os trens que vão beneficiar a quase 200 mil pessoas todos os dias”, reforça Silvani Pereira, presidente do Metrô.

A empresa BYD é a responsável pelo serviço, que será iniciado com a elaboração do projeto executivo e fabricação do primeiro trem. Essa composição deve estar pronta em até 720 dias para aprovação do Metrô, permitindo a montagem das outras 13.

O contrato com a BYD, que tem valor de R$ 989 milhões e prazo de 38 meses,  contempla também a instalação dos sistemas de captação de energia, redes de fibra óptica, controle centralizado, máquina de lavar trens, veículos de inspeção e manutenção de via, além de vigas para testes dos trens.

Quando pronto, o trecho prioritário da Linha 17 terá oito estações e 7,7 km de extensão, ligando o Aeroporto de Congonhas à estação Morumbi, possibilitando a integração com as linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda da CPTM.

Para informações sobre o funcionamento das linhas ao longo das intervenções, os passageiros podem entrar em contato com a CPTM, por meio do 0800-055-0121. Informações sobre as obras da Linha 17-Ouro podem ser obtidas com a Central de Atendimento à Comunidade, do Metrô, pelos telefones (11) 3371-7519 / 7520.

Linha 15 – Prata

Além dos atrasos na obra, o sistema de monotrilho traz outras desconfianças.

A Linha 15 – Prata, que opera em sistema similar, está parada desde o dia 29 de fevereiro, quando um pneu se soltou de um dos trens e caiu sobre a Avenida Sapopemba. Por sorte, ninguém se feriu, mas desde então as 10 estações da linha – inclusive três recém inauguradas – estão fechadas.

Nos últimos dias, foram feitos novos testes de segurança e a expectativa era de que a operação seria normalizada nessa segunda, 1 de junho, o que não aconteceu. A Secretaria de Transportes Metropolitanos alegou que ainda não recebeu os laudos da empresa Bombardier, garantindo segurança do sistema e os passageiros continuam sendo direcionados para os ônibus do sistema Paese, em atividade desde o início de março.

O Governo informou, ainda em março, que acionaria a Justiça para cobrar do Consórcio CEML todos os prejuízos decorrentes da paralisação da Linha 15-Prata. A estimativa é que o prejuízo seja de R$ 1 milhão diariamente pela paralisação recomendada pela empresa Bombardier.

“O maior prejuízo é a população não ter a perspectiva de retorno de funcionamento do modal de transporte público, deixando trabalhadores e trabalhadoras sem o meio de transporte mais eficiente”, admitiu, na ocasião o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.

O Governo também anunciou que faria pedido de declaração de inidoneidade para o consórcio, proibindo as empresas de celebrarem novos contratos com poder público em todo o Brasil. O Metrô mantém um gabinete de crise e acompanhamento das atividades de investigação da causa do incidente.

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