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Trânsito

O que acontecem com as campanhas de proteção ao pedestre na cidade?

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As ciclovias são uma tendência no mundo todo, assim como as faixas exclusivas para ônibus. Por mais que motoristas paulistanos estejam estranhando ou reclamando, a prioridade para o transporte coletivo é uma antiga demanda da cidade e as bicicletas podem humanizar o trânsito e colaborar para que a direção defensiva seja estimulada, reduzindo riscos para todos.
Mas, e os pedestres? O que acontece com o elo mais fraco? E o Programa de Proteção ao Pedestre, foi abandonado?
Com campanhas da Prefeitura a partir de maio de 2011, os motoristas passaram a respeitar mais os pedestres: parar antes das esquinas aos poucos foi se tornando um hábito, ficar sobre a faixa de segurança tornou-se raro e as pesadas multas colaboraram para evitar abusos.
Quem caminha pela cidade, entretanto, sabe que este respeito já se perdeu de novo. Raramente um motorista dá preferência ao pedestre. Não se veem mais, da mesma forma, a repintura de faixas de segurança, muito menos a implantação de novos semáforos para garantir a travessia segura.
Em alguns cruzamentos da região, ir de um lado para outro da avenida é quase uma aventura. Em grandes avenidas, como a Indianópolis, no Planalto Paulista, quando não há tempo para a travessia de pedestre, cruzar a via é um desafio, pois quando o semáforo na pista principal fecha, os carros saem das transversais e fazem conversões sem dar o tempo necessário para quem está a pé.
Isto acontece, por exemplo, na esquina da Indianópolis com a Avenida Afonso Mariano Fagundes.
Ou para atravessar sobre as faixas de segurança da Avenida José Maria Whitaker, no cruzamento com a Alameda dos Guatás.
Outro bom – ou seria mau? – exemplo está no cruzamento das ruas Pedro de Toledo com Machado Bittencourt, especialmente no horário de rush. É impressionante a frequência com que se veem pedestres correndo para atravessar a rua por ali…
Com a chegada das bicicletas, a situação pode ficar ainda mais complexa, já que o pedestre precisará ficar atento também ao fluxo delas. Vale destacar que, na maioria dos casos, as ciclovias têm mão dupla, o que pode não ser absorvido de imediato pelo pedestre. Essencial lembrar ainda que o pedestre tem prioridade absoluta – e muitos ciclistas parecem se esquecer disso.
Pensando nisso, o jornal São Paulo Zona Sul questionou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e vai desenvolver uma série de matérias – não só para cobrar atitudes de segurança da Prefeitura para com os pedestres, mas também para estimular os motoristas a voltarem a adotar atitude civilizada que vigorou durante a campanha de conscientização, para que voltem a priorizar o pedestre.
A CET admite não ter dados deste ano, ainda, sobre mortes e acidentes com pedestres. Mas garante que a análise dos dados registrados entre 2013 e 2012, aponta curva acentuada de queda de mortes de ciclistas e pedestres. Alega que a campanha está em outra fase e os trabalhos de conscientização foram incorporados em outros projetos como CET em seu bairro e Operação Volta às aulas.

 

 

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