Sexualidade
O impacto do cigarro na vida sexual do homem
Existem diversas substâncias e componentes no cigarro, como nicotina, alcatrão e monóxido de carbono, que afetam diretamente o aparelho reprodutor masculino. No geral, o tabagismo reduz a produção de espermatozóides, diminui a velocidade de locomoção dos mesmos e ainda afeta a qualidade da ereção do homem.
Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, homens fumantes têm três vezes mais chances de se tornarem inférteis, comparados aos não fumantes. É importante lembrar ainda que qualquer produto proveniente do tabaco, como charuto e cachimbo, também traz os malefícios do cigarro e seu uso deve ser considerado como de risco. A seguir, saiba mais sobre as formas que o cigarro e seus componentes podem afetar a vida sexual do homem.
Disfunção Erétil
A disfunção erétil já é comprovadamente uma das possíveis consequências sofridas por fumantes. De acordo com o Dr. Marcio Dantas, cirurgião vascular com foco em técnicas médicas para aumento peniano, isso acontece porque o fumo danifica o sistema vascular, impedindo que o pênis se encha de sangue e se estique. Independentemente dos estímulos e do efeito no cérebro, se os vasos sanguíneos estiverem danificados, o pênis não atingirá uma ereção.
De acordo com os resultados apresentados em uma das Conferências Anuais da Associação Americana do Coração sobre Epidemiologia e Prevenção de Doenças Cardiovasculares, homens que fumavam mais de 20 cigarros por dia tinham um risco 60% maior de DE do que homens que nunca fumaram.
Além disso, um estudo realizado pela Universidade de Medicina de Boston examinou os pênis eretos de 200 homens e revelou que os fumantes tinham pênis ereto mais curto em comparação aos homens que não fumavam. Os pesquisadores acreditam que isso ocorre porque o fumo inibe o fluxo sanguíneo, impedindo o alongamento do pênis, o que pode reduzir o comprimento do pênis.
Fertilidade reduzida
O Dr. Marcio Dantas explica que o tabagismo tem sido associado à diminuição do volume de sêmen, quantidade de espermatozóides e sua capacidade de movimento. Assim, ainda que o homem produza espermatozóides, a maioria não consegue se locomover de forma que chegue até o óvulo para fecundá-lo.
Pesquisadores da Universidade de Saarland, na Alemanha, descobriram que homens fumantes têm menores taxas de proteína P2, substância essencial para o desenvolvimento dos cromossomos e para a reprodução. Dessa forma, sua deficiência pode causar infertilidade.
Outra questão é que, quando a qualidade do esperma é afetada, o problema de infertilidade não se reduz apenas a uma gestação natural. O consumo do cigarro também atrapalha os tratamentos de fertilização assistida, porque torna-se necessário que o homem produza espermatozóides de qualidade para que haja chances de fecundação.
Tem tratamento?
“Parar de fumar é o melhor e mais importante tratamento para reverter ou minimizar as consequências do tabagismo”, aconselha o Dr. Marcio Dantas. Após isso, adotar hábitos mais saudáveis, como realização de exercício físico e uma alimentação balanceada, ajudam a diminuir o estresse, a ansiedade e, por consequência, a vontade de fumar.
Felizmente, a função erétil pode melhorar quando uma pessoa deixa de fumar. De acordo com um estudo prospectivo apresentado em uma Conferência Anual da Associação Americana do Coração sobre Epidemiologia e Prevenção de Doenças Cardiovasculares, houve uma melhora de 25% na DE para ex-fumantes em um ano após a interrupção, em comparação com nenhuma melhora nos fumantes atuais.
Um velho conhecido dos homens é o famoso Viagra. O medicamento funciona por meio da formação de óxido nítrico, um composto que realiza o relaxamento do músculo do pênis para que o órgão consiga receber o fluxo sanguíneo. Em determinados casos, seu uso funciona, porém, o efeito é apenas temporário e não funciona como um tratamento.
Por isso, se você se identificou com os casos citados acima, procure um profissional para que ele possa indicar o tratamento adequado ao seu caso.