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Saúde

Número de casos de dengue na região já ultrapassa total de 2014

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Em fevereiro, no segundo balanço divulgado no ano registrando casos confirmados de dengue por distrito da cidade, Vila Mariana, Saúde e Moema apareciam sem um caso sequer. No Jabaquara, havia apenas um. Dois no Cursino e nenhum no Ipiranga ou no Sacomã. Pois este quadro mudou rapidamente.
Para se ter uma ideia, em alguns distritos o número dobra entre o sexto e o sétimo balanço, que foi divulgado esta semana. O total de casos registrados em quase todos os distritos da região, neste quarto mês do ano, já supera o total de casos registrados em todo o ano passado.
Embora a situação não seja a pior da cidade – a zona norte continua líder em número de pessoas que contraíram a cidade – nem mesmo em comparação ao que acontece no interior do estado, é definitivamente um cenário preocupante e que exige atenção máxima da população.
Neste mais recente levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde, são contabilizados casos até a 14ª semana epidemiológica. No período de 4 de janeiro a 11 de abril, 62.799 casos foram notificados e 20.764 foram confirmados autóctones (contraídos no Município). No mesmo período de 2014, a cidade teve 15.367 casos notificados e, destes, 7.126 autóctones confirmados.
Moema foi o único distrito em que o total do ano passado ainda não foi superado. Enquanto em 2014 foram 35 casos, até agora há 22 pessoas com dengue por lá.
Na Vila Mariana, o total praticamente já dobrou, com relação a 2014: foram 35 casos no ano passado enquanto que neste ano já há 62.
No Cursino também: foram 36 casos contra os 71 já confirmados até agora.
Na Saúde, os doze meses do ano passado registraram 60 casos e este ano já são 63 pessoas contaminadas.
Agora, a situação mais preocupante está no Jabaquara, onde em 2014 foram confirmados 454 casos e neste ano já há 480 pacientes com dengue.
O distrito é o único da região que consta da lista da Prefeitura como “em situação de emergência”, ao lado de Raposo Tavares, Rio Pequeno, Pirituba, Jaraguá, Perus, Brasilândia, Freguesia do Ó, Cachoeirinha, Limão, Cidade Ademar, Pedreira, Capão Redondo, Jardim Ângela, Pari, e Parque do Carmo.
A classificação de nível de emergência, prevista no Plano de Contingência 2014-2015, é uma questão técnica que visa à reorganização de recursos disponíveis para implementação de medidas que agilizem os trabalhos realizados pelos componentes: vigilância epidemiológica, controle vetorial e assistência aos pacientes. Por este motivo, a coleta de sorologia para a confirmação dos casos suspeitos de dengue só é realizada nos casos mais graves e óbitos. Os casos notificados de dengue passam a ser confirmados pelo critério clínico epidemiológico.
Ainda não houve mortes registradas em distritos da região.
Embora a tendência seja de redução dos casos nos próximos meses, por conta do inverno, a Prefeitura está estabelecendo ações para tentar conter o avanço da doença na cidade.
A Prefeitura reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade, com ações de visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas. Desde março, com apoio das subprefeituras, foram realizadas em toda a cidade 171 operações Cata Bagulho, 202 “arrastões”, 181 ações de intensificação de distribuição de telas para caixas d’água e 106 limpezas de córrego.
A Prefeitura esclarece que a visita de equipes é programada com base no mapeamento de pontos críticos, a partir dos casos confirmados. E uso de nebulização pesada (“fumacê”) só ocorre em última instância, emergencial, e funciona para eliminar mosquitos, sem efeito prático na eliminação de criadouros.
Na região, especificamente, a Supervisão de Vigilância Sanitária de Vila Mariana-Jabaquara relatou algumas atividades que vem sendo realizadas, especialmente no sentido de conscientizar a população.
Em março, por exemplo, foi realizada uma caminhada em parceria com a UNIFESP-Universidade Federal de São Paulo pelas ruas da região para distribuir folhetos e fixar cartazes no comércio, com participação de médicos, biólogas, técnicos e uma funcionária pública fantasiada de “mosquita”, que na rua chamava a atenção dos moradores, trabalhadores e principalmente das crianças.

 

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