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Saúde

Novo programa de combate ao crack prioriza o centro

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A situação está a cada dia mais crítica. Sob os viadutos da região, é possível ver um cenário desolador, de pouca esperança e de muita tristeza. Enquanto pessoas em situação de rua fumam seus cachimbos de crack, moradores e comerciantes da vizinhança reclamam da falta de segurança, criticam a conservação das áreas. “Temos desenvolvido ações constantes nos baixos dos viadutos ao longo da Avenida dos Bandeirantes, com limpeza e intervenções urbanísticas, mas não podemos obrigar ninguém a deixar o local”, explica o subprefeito de Vila Mariana, Luiz Fernando Macarrão, citando um dos pontos em que usuários de crack se abrigam, montam tendas e, segundo relatos da comunidade local, cometem crimes.

No mês passado, a Prefeitura deu início a outro projeto para tentar novas abordagens junto a usuários de crack. Em parceria com o governo federal, vai implantar o programa “Crack, é possível vencer”, do Governo Federal. Cinco kits foram entregues à Guarda Civil Metropolitana, contendo, cada um, uma unidade móvel de videomonitoramento (microônibus), capaz de operar vinte câmeras, duas viaturas e duas motocicletas.

O programa tem como fundamento a integração e a articulação permanente entre as políticas e ações de saúde, assistência social, segurança pública, educação, desporto, cultura, direitos humanos, juventude, entre outras, de acordo com a Política Nacional sobre Drogas.

Os cinco kits também contêm 250 armas de condutividade elétrica de menor potencial ofensivo e 750 espargidores de pimenta, sendo 375 em gel e 375 em espuma. A corporação recebeu ainda trinta capacetes para uso dos motociclistas. A partir do dia 19 de agosto, 200 agentes da GCM receberão um curso de capacitação, com duração de 160 horas.

A guarda não fará abordagem aos dependentes. Esse papel será feito por agentes das secretarias de Saúde e de Assistência Social. Caberá à guarda apenas prestar assistência, apoio e atendimento rápido à população, quando solicitada.

A GCM será capacitada para identificar e coibir traficantes de drogas nas regiões críticas da cidade. Mas, a expectativa é de que as ações inicialmente se restrinjam à zona central da cidade, em áreas como Sé e República.

Regionalmente, a Prefeitura pretende ampliar a oferta de serviços de tratamento e atenção aos usuários e seus familiares, promover a prevenção do uso de drogas com ações nas escolas, bem como de informação e capacitação de profissionais, formadores de opinião e lideranças comunitárias e religiosas. Atualmente, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) conta com 1.171 serviços conveniados, 51 CRAS, 24 CREAS, 2 Centros POP e uma Central de Atendimento Permanente de Emergência (CAPE), que promove a abordagem das pessoas em situação de rua, quando solicitadas por munícipes.

 

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