Novo presidente da Câmara quer vereadores nos bairros

O petista Antonio Donato disse, em seu discurso de posse, que pretende realizar sessões com vereadores nas 32 subprefeituras da cidade

Já no início do ano, o prefeito Fernando Haddad deve enviar para a Câmara o projeto de lei que modifica a Lei de Uso e Ocupação do Solo, para que fique adequada e dialogue com o Plano Diretor Estratégico aprovado em 2014. O debate promete ser intenso e se estender ao longo de todo o ano, afinal mudará as regras relativas a novas construções e também tipos de negócios permitidos ou proibidos em cada bairro da cidade.
Mas, como a população pode participar deste processo? No final do ano, foram promovidas oficinas para que qualquer morador ou organizações civis pudessem apresentar propostas e opinar sobre as alterações que foram propostas ao zoneamento atual pela Prefeitura. Entretanto, será na Câmara que estas alterações serão rechaçadas ou aprovadas, efetivamente. Como poderia a população pressionar seus vereadores? Como podem associações de moradores participar, opinar no processo de votação?
Esta semana, o vereador Antonio Donato (PT) assumiu a presidência da Câmara. Ele substituiu o também petista José Américo Dias que se elegeu deputado estadual e deixa a o parlamento paulistano.
Em seu discurso de posse, Donato afirmou que uma megalópole como a nossa “tem dinâmicas regionais muito próprias que precisam ser reconhecidas”. Para ele, os mandatos de cada vereador dão conta de parte importante dessas dinâmicas. “Mas é necessário um esforço da Câmara enquanto instituição para superarmos a sensação de distanciamento entre representantes e representados”, declarou o parlamentar.
Para que esse distanciamento seja minimizado e as diferenças regionais debatidas, Donato propôs que sejam realizadas sessões do parlamento em cada uma das 32 subprefeituras da cidade.
“Realizaremos, ao longo de 2015, sessões da Câmara em cada uma das subprefeituras. É uma oportunidade para um diálogo mais objetivo com as lideranças de cada comunidade, com os conselheiros participativos, com os cidadãos, buscando debater a realidade de cada bairro, suas aspirações e suas demandas”, disse o petista, que também citou a aprovação da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, que deve ser enviada para a Câmara em fevereiro pelo Executivo. “A Lei de Zoneamento é a aplicação, na prática, das diretrizes do Plano Diretor Estratégico. É a ferramenta com a qual o poder público executa o planejamento urbano, detalhando bairro a bairro, rua a rua, o que pode existir em cada lugar”, afirmou.

Donato substituirá José Américo, que se elegeu deputado estadual