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Meio ambiente

Novas tecnologias evitam desperdício de alimentos

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Propagandas não devem estimular o consumismo, mas sim divulgar características de produtos e serviços oferecidos

Combater o desperdício de alimentos é um desafio para a humanidade. Em tempos de grandes produções, entretanto, ainda se passa fome no mundo – e ela pode crescer com o aumento populacional previsto para os próximos anos.
Nesse cenário, não só as atitudes cotidianas podem contribuir para um futuro em que a comida seja integralmente aproveitada, mas também novas tecnologias podem contribuir para que alimentos não se percam tanto durante o processo de produção, quanto no transporte e armazenamento.
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolveu equipamentos para as boas práticas na pós-colheita de hortaliças, fase que compreende seleção, classificação, limpeza, armazenamento, transporte e comercialização, destinados especialmente aos pequenos agricultores. Trata-se de um carrinho para transporte, uma mesa para seleção de produtos e uma unidade móvel de sombreamento, que já estão sendo utilizados em lavouras do Distrito Federal. A Unidade Móvel de Sombreamento (UMS) é uma estrutura simples e de baixo custo que deve ser instalada próxima à lavoura para receber as hortaliças após a colheita. “A exposição ao sol, mesmo que por períodos curtos, acelera a desidratação e o amadurecimento, tornando as hortaliças mais suscetíveis à podridão e menos atraentes para o consumidor”, explica a pesquisadora Milza Moreira Lana, da Embrapa Hortaliças.
Outro grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu um tipo de plástico capaz de conservar alimentos por mais tempo. Elson Longo, pesquisador do Instituto de Química da Unesp de Araraquara e um dos integrantes do estudo, destaca que a descoberta é um exemplo da “tecnologia do futuro”.
“O principal ganho é a garantia de um alimento saudável e aumento da sua vida útil. Aqueles que se degradam facilmente, têm sua vida útil aumentada de duas a três vezes. Por outro lado, alimentos menos perecíveis têm aumentado a sua vida de cinco a 10 vezes. Essa nova embalagem protege os alimentos dos fungos e bactérias do ambiente e das bactérias que já haviam se instalado no alimento”, complementa. Para se ter ideia, no caso do tomate, o tempo de prateleira passou de dois para 26 dias. Já a alface protegida pelo plástico bactericida teve seu tempo de conservação estendido de cinco para oito dias.

 

Unidade móvel de Sombreamento: Técnica simples permite que agricultores familiares não desperdicem alimentos produzidos

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