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Turismo e Lazer

Nova exposição celebra 60 anos do MAC USP, bom passeio no Ibirapuera

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Quem busca uma opção diferente de passeio, unindo amor à arte e ao verde, sem precisar ir muito longe, pode desvendar o Museu de Arte Contemporânea – o MAC/USP, que ocupa o antigo prédio do Detran, em frente ao Ibirapuera.

Além das mostras temporárias ou de longa duração em arte, esse incrível espaço cultural conta com café, restaurante e um terraço no oitavo andar, com vista para o Ibirapuera.

A entrada é gratuita e o museu abre às terças, de 10h às 19h, e de quarta a domingo das 11h às 18h. Fecha às segundas.

O MAC foi criado há exatos 60 anos, em 1963, quando a Universidade de São Paulo recebeu o acervo do antigo MAM de São Paulo, formado pelas coleções do casal de mecenas Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo, pelas coleções de obras adquiridas ou recebidas em doação durante a vigência do antigo MAM e pelos prêmios das Bienais de São Paulo, até 1961.

O acervo conta com obras de Amedeo Modigliani, Pablo Picasso, Joan Miró, Alexander Calder, Wassily Kandinsky, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Emiliano Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Lygia Clark e uma estupenda coleção de arte italiana do começo do século XX.

O passeio vale ainda pelo próprio prédio. Instalado em um complexo arquitetônico criado nos anos 1950 pelo arquiteto Oscar Niemeyer e equipe, o MAC USP possui um acervo de cerca de 10 mil obras, entre pinturas, gravuras, tridimensionais, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações.

Nova exposição

No programa curatorial do MAC USP, o 7o e o 6o andares são destinados à exibição da coleção permanente. Nesta exposição, o visitante pode compreender as principais características do acervo, ao mesmo tempo em que a coleção pode ser revisitada e atualizada a partir de questões contemporâneas.

Para a comemoração dos 60 anos do MAC USP, a exposição Tempos Fraturados propõe uma reflexão sobre quais obras e quais artistas presentes no acervo contam sobre a experiência histórico-político-social dos séculos 20 e 21, vivida a partir do Brasil.

De modo crítico, nesse itinerário, a própria formação do acervo está imersa nessa narrativa.

A mostra, concebida por um grupo de seis curadores, em diálogo com um comitê consultivo, apresenta três eixos norteadores que se entrelaçam, em sete agrupamentos, divididos nos dois andares expositivos. Esses eixos, de certo modo, costuram as várias partes da exposição: a institucionalização do Museu, a arte como experiência coletiva e a arte como experiência subjetiva. Dentre os três eixos, apenas um deles está identificado por uma sinalização diferente: trata-se do eixo institucional, que nada mais é do que o conjunto das 13 obras doadas pelo magnata estadunidense Nelson Rockefeller para a criação de museus de arte moderna em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O visitante verá que algumas obras e/ou conjunto de obras possuem em suas etiquetas um QR Code que leva a textos curtos sobre essas proposições. Por fim, a exposição empresta seu título da coletânea de ensaios do historiador Eric Hobsbawm, publicada em 2013, um ano após a morte desse intelectual que atravessou duas guerras mundiais e viu a ascensão dos regimes totalitários no continente europeu. Hobsbawm teve sua vida marcada pelo exílio e sempre enfrentou a árdua tarefa de indagar o futuro.

Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301, Vila Mariana. Telefone: (11) 2648-0254

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