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Meio ambiente

Nova central ampliará coleta seletiva

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A intenção da Prefeitura é ampliar o volume de recicláveis coletados dos atuais 1,8% do total para 10%, até 2016, quando todos os 96 distritos da cidade serão atendidos pela coleta seletiva.

De imediato, só a Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus já representa a duplicação da quantidade coletada em toda a cidade: atualmente, são retirados das regiões atendidas cerca de 240 toneladas e a nova unidade fará a seleção de 250 toneladas/dia.

“Nós damos um salto de qualidade com a inauguração de centrais mecanizadas. Nossa capacidade de processamento passa a beirar 750 a 800 toneladas por dia.”, afirmou o prefeito Fernando Haddad.

Com a instalação da nova central de triagem, a coleta seletiva será ampliada em 2014 para mais oito distritos: Campo Limpo, Capão Redondo, Pedreira, Cidade Dutra, Grajaú, Ermelino Matarazzo, Ponte Rasa e Jardim São Luis. Em mais de 40 dos 75 distritos atualmente atendidos a coleta será universalizada para todas as ruas.

“De todos os resíduos que a cidade produz, 12 mil toneladas por dia, os orgânicos são 50%.

Cerca de 35% é resíduo seco com possibilidade de ser reciclado e tem ainda um porcentual que é rejeito. Se considerarmos somente a porcentagem de resíduos secos, com as centrais nós vamos conseguir processar cerca de 45% deste material”, pontuou o secretário Simão Pedro (Serviços).

“É um avanço sem precedentes, ingressamos em uma nova era”, garantiu Nelson Domingues Pinto Jr, presidente da Ecourbis. “Trouxemos a tecnologia de diversos países europeus epodemos dizer que a nova central está entre as maiores e mais modernas do mundo”, conclui.

 

 

 

Quem foi Carolina Maria de Jesus

Em 1937, aos 23 anos, desembarcava em São Paulo a mineira Carolina Maria de Jesus, vinda de uma comunidade muito pobre. Sem recursos, ela passou a trabalhar como catadora de papel para sustentar seus três filhos. Até a casa em que a família viva, na antiga Favela do Canindé, às margens do Rio Tietê, era um barraco construído com madeira, latas, pedaços de telha e outros materiais que Carolina encontrava na rua.

Quando Carolina encontrava algum caderno com folhas em branco ou livros, levava para casa.

Os livros, lia para os filhos e, nos cadernos, escrevia contos, poesias e um diário sobre o que via e ouvia em seu cotidiano. Seu sonho era transformar as memórias registradas em livros.

Em 1958, finalmente, os cadernos foram entregues às mãos certas.: o jornalista Audálio Dantas e acabou se transformando no livro “Quarto de Despejo” , inspirado em frase de Carolina: “A favela é o quarto de despejo da cidade”.

Antes de morrer, em 1977, Carolina escreveu outros três livros.

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