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Na Vila Mariana e Saúde, Haddad teve baixa votação

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Como em todas as eleições mais recentes – incluindo escolhas para governador e presidente, as urnas da região mostraram que candidatos petistas não têm boa aceitação local. Assim como nos pleitos anteriores, o representante do PT não atingiu nem 30% do total de votos válidos – nem na Saúde, nem na Vila Mariana, nem em Indianópolis, que abrange parte do Planalto Paulista – bairro de origem do prefeito – e Moema.
Na Vila Mariana, José Serra totalizou 76.096 votos, o que representa nada menos que 71,25% do total de válidos. Já Fernando Haddad alcançou 30.709 votos, ou 28,75%.
Na Saúde, José Serra teve desempenho bem semelhante: 74.481 (ou 71,36% do total) contra 29.897 (equivalente a 28,64%).
A região de Indianópolis, entretanto, é onde o tucano mais se sobressai, tradicionalmente. Desta vez, atingiu 76,19% nas urnas, o que equivale a 103.138 votos. Haddad teve 32.229, representando 23,8% do eleitorado.
O Jabaquara foi o único distrito da região onde o petista ultrapassou o total de votos do candidato derrotado José Serra, que disputava pelo PSDB a Prefeitura, e ainda assim por margem apertada: menos de 3 mil votos de diferença. Lá, foram 49,01% do total que escolheram o candidato do PSDB, num total de 61.924 votos. E Haddad ficou com 50,99% dos eleitores, num total de 64.430.
O distrito do Cursino também teve margem apertada de votos: 50,2% dos eleitores preferiram José Serra euqnato 49,8% optaram por Fernando Haddad. Isso equivale a 45.647 para o petista contra 46.006 para o tucano.
No total geral da cidade, a diferença entre os dois candidatos foi de quase 700 mil votos, favoráveis ao petista. Novamente, a área central da cidade, com exceção do distrito de Santa Ifigênia, e o chamado centro expandido ficaram favoráveis ao candidato do PSDB, enquanto os bairros da periferia votaram em peso no petista.
Exceções?
Quando se fala em São Paulo, tudo é grandioso – até mesmo uma minoria. E isso pode ser verificado ao analisarmos os números da eleição. Embora o candidato tucano tenha tido um desempenho novamente impressionante na região, que o levaria à vitória ainda no primeiro turno pelo fato de alcançar a maioria absoluta dos votos já no dia 7 de outubro, o número de pessoas que escolheram o candidato da oposição não é de se desprezar.
A soma dos votos em Fernando Haddad nas seções de Vila Mariana, Saúde, Jabaquara, Cursino e Indianópolis leva a um resultado impressionante: quase 203 mil votos. Ou seja, 203 mil eleitores que moram nestes bairros ajudaram a eleger o candidato petista para o próximo mandato.
Para se ter ideia do que este número de pessoas significa, basta dizer que no país inteiro existem apenas 83 cidades com mais de 200 mil habitantes e, entre elas, estão 26 capitais.
O número ainda corresponde a pouco menos de um terço da diferença entre Haddad e Serra, no total da votação paulistana. Em toda a cidade, Fernando Haddad conquistou o voto de 3.387.720 paulistanos (55,57% dos votos válidos) contra 2.708.768 (44,43%) de Serra.

 

 

Em coletiva, petista promete governar para todos

As urnas mostraram que a maioria dos eleitores do centro expandido da capital não queriam Fernando Haddad prefeito, mas sim José Serra. Por outro lado, a periferia deu a maioria de votos e levou o petista à vitória. Como será, agora, o governo do prefeito eleito na região do centro expandido?
Questionado em entrevista coletiva no dia seguinte à eleição, haddad avaliou que é prioritário atender aos menos favorecidos, aos moradores das regiões mais pobres da cidade. Ele disse que a maioria da população dos bairros mais nobres não faz uso de serviços públicos, contrata escolas particulares e planos de saúde e prometeu investir nestes setores como prioridade.
Por outro lado, o candidato garante que as demandas dos moradores dos bairros mais estruturados serão atendidos. Já no discurso após confirmada a vitória, voltou a dizer que quer reduzir a desigualdade na capital paulista. “Meu objetivo central está plenamente delineado, discutido e aprovado pela maioria do povo de São Paulo. É diminuir a grande desigualdade existente em nossa cidade, derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da pobre ”.
Na coletiva, comentou que o morador de bairros mais nobres têm demandas de cidadania, de meio ambiente, de manutenção da cidade e de mobilidade urbana, segurança. “E são demandas legítimas. Vou governar para todos”, prometeu.

 

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