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Cultura

Mostra de Teatro em Português reúne companhias internacionais

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Peças de teatro portuguesas, brasileiras, angolanas estão no Teatro João Caetano até 7 de novembro

A programação do “9º Circuito de Teatro em Português” reúne dez companhias teatrais de seis países de língua portuguesa, entre eles Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola e Guiné-Bissau. Os espetáculos são apresentados a partir do dia 1º de novembro no Teatro João Caetano. Ao final de cada apresentação ocorrem debates com o público.
Segundo a criadora do projeto e diretora artística do Grupo Dragão 7, Creuza Borges, o principal objetivo do evento é promover o intercâmbio cultural entre os países, buscando o reconhecimento das diferenças e igualdades culturais. “Enriquecer a integração entre artistas e grupos de teatro, com a possibilidade de aproximação e conhecimento”, afirma.
Um exemplo dessa integração cultural acontece em palco com a peça angolana “As formigas”, da Fundação Sindika Dokolo. Nela, os diálogos dos personagens são interpretados em dois dialetos, o português e o Mucubal, oriundo das tribos do sul da Angola. Outras peças mostram problemáticas locais, como a do Grupo Cacau, “Conversas começadas”, que aborda o cotidiano de São Tomé e Príncipe, país localizado na África. O público infantil também é contemplado na programação, com a peça portuguesa “O patinho feio”, da Cia. Grupo Jangada.
O Circuito Teatro em Português é uma realização da Cia. paulista Grupo Dragão 7. A ideia do projeto surgiu em 1998, depois de representarem o Brasil com apresentação do espetáculo “O auto da barca do inferno”, em uma exposição mundial de intervenções artísticas, a Expo´98, em Lisboa. Desde então, o grupo desenvolve parcerias com países de língua portuguesa, se apresentando na Capital, Região Metropolitana, litoral e interior do Estado de São Paulo.
O Teatro João Caetano fica na Rua Borges Lagoa, 650, Vila Clementino – próximo à estação Santa Cruz do metrô. Telefones: 5573-3774 e 5549-1744. A mostra vai de 1º a 9 de novembro. É preciso retirar ingresso, até um par por pessoa, uma hora antes do início do espetáculo.

 

O espetáculo português Medo Azul integra a mostra, que fica de 1 a 7 de novembro em cartaz

 

Na região, cultura marca Mês da Consciência Negra

Durante todo o mês de Novembro, o Sesc Vila Mariana apresenta o projeto Sankofa – Memórias de Mão Dupla, que busca a ressignificação das tradições e heranças da diáspora africana mundo afora.
O projeto conta com doze apresentações musicais, propondo uma amostra das releituras possíveis da rica tradição musical africana.
Nos dias 1, sábado acontecem as apresentações de Lei Di Dai, que, em formato DJ e MC, apresenta a sonoridade Dancehall Reggae, e de Fernanda de Paula, enfocando cânticos de candomblé e também composições de nomes consagrados. As apresentações, gratuitas, acontecem na Praça de Eventos, às 13h30, nos dias 1, sábado (Lei Di Dai – também no dia 9, domingo) e no dia 2, domingo (Fernanda de Paula – também no dia 23).
Confira a programação completa no site www.sesc.com.br. O Sesc Vila Mariana fica na Rua Pelotas, 141. Informações: 5080-3000.
Bibliotecas
Já no Jabaquara, a dica é ir à Biblioteca Paulo Duarte. Neste mês, diversas atividades, gratuitas, estão programadas nas bibliotecas públicas para o reconhecimento e valorização da cultura africana.
No dia 20, quando se celebra o Dia da Consciência Negra, às 10h, a Biblioteca Paulo Duarte realiza a oficina “Corporeidade poética: transcrevendo o corpo, partindo da ancestralidade africana”. Ministrado por Kiusam, o encontro pretende, por meio de uma metodologia da afrodescendência, reconhecer a corporeidade herdada dos negros.
A Biblioteca fica na R. Arsênio Tavollieri, 45, Jabaquara. Informações 5011-8819 e 5011-7445.
E no Ipiranga, a dica é conferir a mostra de filmes do francês Jean Rouch, que vai de 7 a 11 de novembro. Ele foi um dos principais nomes do Cinema Vérité ou “cinema-verdade”, um estilo de documentário inspirado na obra do russo Dziga Vertov que tenta captar a realidade da maneira mais fiel possível, usando a câmera como um mero meio de registro, de observação. Cinco filmes de Rouch e uma homenagem ao cineasta integram a mostra “Eu, um outro: o cinema fabular de Jean Rouch”, que acontece entre os dias 7 e 14 de novembro, na Biblioteca Roberto Santos, e faz parte da programação especial do mês da consciência negra.
A maioria de seus documentários foram gravados na África ocidental,mas a sua mais lembrada obra é “Crônica de Um Verão”, de 1960, codirigida pelo filósofo francês Edgar Morin. O filme, que é exibido no dia 9, entrevista parisienses a partir de uma simples e difícil questão: “você está feliz?”. O longa-metragem teve influência no movimento da Nouvelle Vague, em especial na obra do cineasta Jean-Luc Godard.
Integra a mostra o documentário “Mosso Mosso, Jean Rouch Como Se”, de Jean-André Fieshi. O tributo ao cineasta, que faleceu em 2004, é exibido no dia 7.
A Biblioteca Pública Roberto Santos fica na R. Cisplatina, 505.Tel. 2273-2390 e 2063-0901

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